Assim como a Saúde, Educação no governo Bolsonaro está acéfala
Entidades e parlamentares em Brasília cobram indicação de um nome com histórico e militância no segmento educacional, que gere resultados e minimize as desigualdades do setor no País

Foto: Divulgação
Com a confirmação da saída do ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta quinta-feira (18), o segundo da pasta em menos de dois anos de governo Jair Bolsonaro, os bastidores em Brasília fervem para saber quem será o sucessor na pasta. O comentário é que o MEC deverá ser ocupado novamente por alguém ligado ao guru da família Bolsonaro, o astrólogo Olavo de Carvalho. Com cerca de dois anos para o fim do mandato e sem ter um projeto educacional marcante, o presidente não deu a prioridade devida à Educação. Ao contrário: trouxe nomes para ocupar o posto-chave do ministério sem interlocução com os setores da Educação.
Entidades e parlamentares em Brasília cobram indicação de um nome com histórico e militância no segmento educacional, que gere resultados e minimize as desigualdades do setor no País. O que tem de certo mesmo é que, assim como a Saúde, a Educação ficará acéfala. No entanto, nos corredores de Brasília, é dado como certo que o MEC deverá continuar sendo um "entreposto olavista" no governo Bolsonaro. Assim como Weintraub, o ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez também tinha o "DNA olavista" e integrava a ala ideológica mais conservadora. Até segunda ordem, o MEC será comandado interinamente por Antonio Paulo Vogel.
Antonio Vogel é o atual secretário-executivo do Ministério da Educação. Ele atuou na transição Michel Temer-Jair Bolsonaro e foi chamado por Weintraub para ocupar o cargo de secretário-executivo adjunto da Casa Civil. Desde 2019, Vogel vem construindo uma relação de proximidade com o agora ex-ministro. O curioso na história de Vogel é o fato de ele já ter ocupado postos-chave em gestões de desafetos políticos do atual presidente, a exemplo do ex-candidato Fernando Haddad (PT). O ministro interino foi secretário-adjunto de Finanças de São Paulo. Em seguida, foi secretário de Gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), em Brasília.
Outro especulado é do atual secretário nacional de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim. Ele está ocupa espaço na pasta desde a gestão do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez. Nos bastidores, o nome de Nadalim ganha força devido a sua ligação com a ala ideológica do governo, rezando a cartilha bolsonarista: é um seguidor de Olavo de Carvalho, defende a teoria da educação domiciliar, o homeschooling, e é crítico do educador Paulo Freire.
Por fim, na bolsa de apostas surge o nome do ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM). Ele ocupou a pasta durante quase dois anos no governo Temer, porém não conseguiu obter grandes avanços educacionais durante a gestão. Autor da emenda da reeleição que favoreceu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), nos anos 1990. Atualmente, Mendonça tenta consolidar sua postulação à Prefeitura do Recife.
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