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Outdoors apócrifos escondem quem financia ações pró-Bolsonaro no Recife


Por: Aldo Vilela

As peças estão afixadas nos principais corredores viários do município e destacam iniciativas desde o auxílio-emergencial até a entrega do projeto da Transposição do Rio São Francisco

As peças estão afixadas nos principais corredores viários do município e destacam iniciativas desde o auxílio-emergencial até a entrega do projeto da Transposição do Rio São Francisco

Foto: Divulgação

18/07/2020
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Nos últimos dias, diversos outdoors apócrifos foram espalhados em alguns pontos do Recife apresentando supostos feitos da gestão Jair Bolsonaro (sem partido). As peças estão afixadas nos principais corredores viários do município e destacam iniciativas desde o auxílio-emergencial até a entrega do projeto da Transposição do Rio São Francisco. As mensagens, sem assinatura de um responsável ou grupo político, escondem quem financia ações pró-Bolsonaro e têm claro objetivo de melhorar a imagem do presidente na capital pernambucana, com vistas à eleição municipal. Pesquisas de opinião publicadas recentemente apontam que 54% dos recifenses desaprovam a gestão Bolsonaro, dos quais 44% acham péssimo e 10% ruim. Opositores de Bolsonaro questionam quem está custeando as propagandas na cidade.

Uma das mensagens, colocadas na avenida Agamenom Magalhães, principal artéria viária do Recife, atribui a Jair Bolsonaro o projeto da transposição do Rio São Francisco. "Obrigado, presidente: por levar água do São Francisco aos nordestinos" está escrito no outdoor. Com 94% concluída em gestões anteriores, no último dia 26 de junho, o presidente da República inaugurou um trecho do Eixo Norte da maior obra hídrica do Brasil, no município de Penaforte, no Ceará. Orçado em mais de R$ 4,5 bilhões, o projeto teve início na primeira gestão do ex-presidente Lula (PT), atravessou todo o governo do petista e alcançou os mandatos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

Outra mensagem, estampada na avenida Antônio de Góes, em Boa Viagem, que refere-se à criação do auxílio-emergencial, também busca atribuir o feito ao presidente. No início da pandemia do novo coronavírus, após muita pressão popular e de partidos de oposição, o governo Bolsonaro decidiu criar o benefício provisório para socorrer à população, sobretudo as pessoas que perderam emprego e renda com a crise. Inicialmente, a proposta federal foi pagar três parcelas de R$ 200 mensais. O Congresso Nacional aprovou o auxílio de R$ 500 e, por fim, o Palácio do Planalto subiu para R$ 600.

Contudo, no decorrer do processo de cadastramento dos beneficiários do auxílio-emergencial, o Ministério da Economia detectou uma série de fraudes e pagamentos indevidos a servidores públicos de alto escalão, pessoas já falecidas e até militares. Segundo o Ministério da Defesa, 53.459 militares recebem indevidamente o benefício provisório de R$ 600, deixando quem mais precisa desamparadas.

*PRÉ-CANDIDATOS SE ESTAPEAM POR APOIO -* De olho na disputa eleitoral para Prefeitura do Recife, alguns nomes em oposição à gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) tentam se credenciar como o "candidato de Bolsonaro" na capital pernambucana. Os postulantes buscam se alinhar com o espectro bolsonarista na cidade, com vistas ao suposto potencial eleitoral dessa base. Na bolsa de apostas, os deputados estaduais Marco Aurélio (PRTB) e Alberto Feitosa (PSC) se colocam como pré-candidatos a prefeito.

A também deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) também é cogitada para a disputa majoritária e vem tentando construir sua viabilidade eleitoral. Até o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) vem flertando com a base bolsonarista no Recife, assim como o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) e a delegada Patrícia Domingos (Podemos).

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