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Quem tem medo do Lula?


Por: Aldo Vilela

“O futuro a Deus pertence”! Mas, cá estamos Nós.

 “O futuro a Deus pertence”! Mas, cá estamos Nós.

Foto: Divulgação

21/01/2022
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            Eduardo Romero Marques de Carvalho – advogado

        “Batidas na porta da frente. É o Tempo” - in, “Resposta a Tempo”, de Blanc, Aldir. “És um Senhor tão bonito quanto a cara do meu filho. Tempo. Tempo. Tempo. Tempo. Vou te fazer um pedido. Tempo. Tempo. Tempo. Tempo” – in, “Oração ao Tempo”, de Veloso, Caetano. “Sendo-todos-levados” – a ser escrita, por Carvalho, Eduardo.

        E Dai? Ai daquele que atentar contra o Tempo. Dele procurar se despregar. Rivalizar. Se pretender Dono Dele. Não. Não estará rendido à inexorável decadência orgânica bendita. Nem fadado a sucumbir à flacidez progressiva dos músculos. Ter de curvar-se ante o desgaste das cartilagens. E seguir evaporando-se, na descalcificação dos ossos. Atentar para o Tempo não implica na desistência das lutas, abandonar desafios, largar as mãos dos sonhos. É respeito. Sim. Respeito do Ser-em-Si. Também aos Outros. Saber chegar e saber sair é lição daqueles que detêm a exata dimensão do Ser-no-ser. Discernimento concedido aos Grandes. Dádiva aos Impermeáveis. Aos Incomparáveis. Aos Inesquecíveis. Insubstituíveis.

        É. Sim. Resistir às tentações embriagadas nos barris da Vaidade, à justa fome despertada pela carniça da Vingança. E desconsiderar os elogios fáceis-to-face das línguas de seda, selados aos beijos dos egoístas-caroneiros, sem luz própria. Que só se re-conhecem nos espelhos rasos do Governamentismo. Para Tais e Quais, “Aparências, nada mais” – in, Greyk, Márcio. Pois aparentas ser o caminho mais fácil ao ressuscitamento dos afogados no Açude das Traíras, e a mais doce trilha de saída para salvação dos à beira do Abismo dos Esquecidos. Uns e Outros precisam re-cu-pe-rar o Poder. Para re-sentirem-se-alguém. Não. Não é tarefa fácil. Reconhecer a necessidade do não-ser-mais, para continuar sendo. Viva!, Mandela, Vivo!

        Sinais sinistros vêm sendo dados. Às vezes, em explícitas ameaças. Em cada abraço apertado o sussurro das previsões escatológicas. Todas, porém, já ultrapassadas pelas luzes que alcançam o Por Vir. Faz é... Tempo. É vencido o discurso do “Inimigo Comum” imbricado na indispensabilidade de pragmática reunião dos “Campos Opostos” para, só assim, se poder derrotá-lo. A sentença imperial, irrecorrível como se mais uma Obra do Destino, para se fazer um Novo Pacto de Fausto, conforme revelado inescrupulosamente na casuísta, sestrosa e cínica frase: “Vou fazer uma Chapa pra vencer”, caducou com o...Tempo.

        “Vade-retro”. Chega de imposições. Basta de amolações. E das imolações com o cordeiro do outro. De agora, na pior das hipóteses, “O futuro a Deus pertence”! Mas, cá estamos Nós.

        Etc...

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