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Política

RENOVAÇÃO SENIL


Por: Aldo Vilela

“O tempo vence toda a ilusão.” (Aldir Blanc)

“O tempo vence toda a ilusão.” (Aldir Blanc)

Foto: Divulgação

16/10/2020
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Em um país onde realmente se tem um projeto de futuro,
uma das prioridades é a preocupação com o destino da
juventude. Acredita-se que sem a participação dela, torna-se
difícil vislumbrar dias melhores e consequentemente a
possibilidade de renovação na maneira de pensar e praticar a
política partidária. Os jovens devem participar diretamente
das transformações da sociedade a qual pertencem. Sem
querer generalizar, infelizmente, no Brasil não tem sido assim.
Fruto de um desgaste que as chamadas raposas da política
estão sofrendo em cada pleito, uma das formas de tentar
ludibriar o eleitor é o discurso da renovação e para isso
procuram nos laboratórios partidários, ou na prole, figuras
joviais. Acontece que a renovação da política, não é feita a
partir da data de nascimento dos candidatos e sim de suas
ideias. Há jovens que representam o atraso e a manutenção
das velhas oligarquias que nunca foram extirpadas da política
nacional. São representantes dos clãs e não do povo.
O candidato (a) é verdadeiramente jovem, quando
apresenta ideias exequíveis dentro da realidade de uma
sociedade e para tanto, não precisa ajustar o discurso e a
indumentária com o intuito exclusivamente de aparentar algo
que não é.

Existem candidatos que embora possuam uma idade
avançada, no que tange ao registro de nascimento, mas não
significa afirmar que lhes faltem novas ideias e que além de
inovadoras, sejam possíveis de praticá-las. Procuram antenar-
se com as necessidades da população, pois o tempo de vida
fez com que aprendessem ouvir o suspiro dos oprimidos com
os quais os candidatos (a) se sentem identificados. As causas
populares fazem parte da sua rotina de vida e não de uma
agenda de campanha eleitoral. Aliás, muitas dessas agendas
são montadas a partir de pesquisas qualitativas em que o
discurso do candidato vai procurando se amoldar ao gosto do
eleitor, mas ele sabe que na prática é algo inviável, ou por
questões da competência do cargo que disputa, ou por não
existir de sua parte nenhum compromisso com tais propostas.
Quem tem ouvidos ouça, assim falava Zaratustra.

Hely Ferreira é cientista político.

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