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Política

VÍRUS COLÉRICO


Por: Aldo Vilela

“Há coisas na vida que julgamos ser importantes, mas não passam de ilusões”. (Anônimo)

“Há coisas na vida que julgamos ser importantes, mas não passam de ilusões”. (Anônimo)

Foto: Divulgação

03/12/2020
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Não se tem como negar que o cargo que provoca maior desgaste físico e emocional em um país com a dimensão dos Estados Unidos é o de Presidente da República. Ser presidente da maior potência do mundo promove glórias, fracassos e em alguns casos a morte. Seja por assassinato como Lincoln, Mckinley, Garfield e Kennedy, ou por trabalho excessivo como Roosevelt e Wilson. Mesmo assim, nunca deixou de existir candidatos dispostos a enfrentar o desafio e desfrutar do glamour da Casa Branca. Ser presidente dos Estados Unidos é ser considerado “dono do mundo”.
    Ao ser eleito, o presidente norte americano deve desempenhar com maestria e de maneira garbosa o cargo que lhe fora conferido por intermédio do sufrágio. É bem verdade que para muitos o sistema eleitoral dos Estados Unidos chega ser esdrúxulo. Eleito juntamente com vice da mesma chapa para um mandato de quatro anos, com direito a reeleição. Pelo olhar formal, o presidente é eleito por intermédio dos delegados, sendo os mesmos representantes dos estados.
    Quando o Partido Republicano norte-americano retornou a Casa branca com a vitória de Donald Trump, criou-se uma expectativa de como seria a agenda governamental, já que o discurso do presidente transpassava o que se entende por republicanismo. Entre as propostas, estava a construção de um muro para tolher o processo migratório na fronteira com o México. Sem a concordância interna, cogitou que o custo da obra seria cobrada ao estado vizinho.
    Lamentavelmente, o governo dos Estados Unidos foi tomando posturas cada dia mais distante do que se entende por democracia, fazendo com que membros do próprio Partido Republicano externassem sua insatisfação com os devaneios presidenciais. A falta de uma política por parte do governo em combater de maneira tenaz a chegada do COVID-19 ao país foi determinante para sacramentar uma derrota já anunciada. Aliás, desdenhar com a vida das pessoas, infelizmente não é algo exclusivo do presidente da maior potencia mundial. O fato é que a vitória do candidato democrata se deu muito mais pela falta de habilidade do atual presidente do que pela competência da oposição.
    As críticas feitas pelo candidato republicano ao resultado do pleito, só corrobora a sua não compreensão de que governar uma nação como os Estados Unidos não é igual a administrar suas empresas. Afirmar que ocorreu fralde no resultado sem nenhuma prova é discurso de perdedor. Vale lembrar que há até quem critique resultado, mesmo sendo vitorioso.
 
P.S. Fui tomado de surpresa com a notícia do falecimento do grande amigo Ildefonso Cavalcanti.
Hely Ferreira é cientista político.

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