Autismo e coronavírus

Dia 02 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e, diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), é preciso falar sobre as mudanças repentinas e impactos para quem tem o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Essa condição de saúde tem como característica o déficit na comunicação social - verbal, não verbal e socialização, além do comportamento restrito e movimentos repetitivos, variando de acordo com os graus dos indivíduos. “Com o isolamento domiciliar e mudanças no dia a dia, esse grupo pode apresentar diferentes hábitos e atitudes em decorrência da quebra da rotina com a qual está habituado”, destaca o coordenador de atendimento ao autista e neuropsicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa Júnior.

“Pessoas com TEA gostam e necessitam da rotina. Esse elemento é muito importante porque acalma e proporciona uma vida mais organizada. Durante a quarentena elas podem ficar mais impacientes, irritadas e até agressivas”, pontua o neuropsicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa Júnior.

Em relação ao tratamento, é importante saber se os profissionais estão atendendo online. Se estiverem, deve continuar. Se não, é importante parar um tempo, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde, e ficar em casa. Quando a pandemia estiver controlada, às atividades voltarão a funcionar normalmente. 

Os cuidados com crianças, jovens e adultos com autismo são os mesmos para todos. Lavar bem as mãos com água e sabão e, quando não for possível, utilizar álcool gel; cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir; evitar aglomerações; manter os ambientes ventilados; e não compartilhar objetos pessoais. “É importante destacar, ainda, que pessoas com autismo não são categorizadas como grupo de risco”, finaliza o neuropsicólogo.

Em 13 de abril de 2018 foi sancionada a Lei nº 13.652, que institui o Dia Nacional de Conscientização sobre o Autismo na mesma data comemorada pela Organização das Nações Unidas (ONU), 2 de abril. A data é importante para realizar campanhas de conscientização para toda a população e familiares, visando evitar a discriminação e o preconceito com pessoas que têm TEA.