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Eduardo Jorge: Um "surto anunciado"


Por: REDAÇÃO Portal

14/11/2022
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Foto: Reprodução/Internet

- venho chamando a atenção há mais de três semanas que teríamos um aumento de casos de Covid-19 pelas subvariantes da Ômicron, especialmente a BQ.1 e BQ.1.1.
O que sabemos até agora  sobre esta situação?
1 - São subvariantes derivadas da BA.5 e são mais evasivas da resposta imune  tanto induzida  por vacinas quanto pela doença.
2 - Quatro meses depois da última dose da vacina, a imunidade contra a  infecção é reduzida  e não impedirá o adoecimento. Mas a BOA  notícia: para as formas graves da doença/ internamentos a vacinação prévia permanece protetora, exceto em um pequeno percentual. Não acredito que teremos aumento significativo de internamentos e muito menos de mortes entre os vacinados com esquema completo.
3 - Quem não fez a terceira ou quarta dose  e  é elegível para a vacina: deve urgentemente completar seu esquema com a vacina  de plataforma que estiver  disponível.
4 - Precisamos cobrar de forma persistente vacinas em quantidade suficiente para uma quarta dose nas pessoas com menos de 40 anos e a terceira dose para crianças de 5 a 11 anos.
5 - Maior tranquilidade  atual com a expectativa de regularização das doses de CoronaVac para as crianças acima de 3 anos. 
6 - Grande alegria ver finalmente as crianças  com comorbidades de 6 meses a 3 anos  recebendo a apresentação específica da vacina Pfizer para esta faixa etária (“Pfizer baby”). Precisamos  garantir agora a ampliação para que TODAS as crianças tenham este direito! 
7 - É necessário planejar a compra das novas vacinas bivalentes, que incluem além da variante original, a subvariante da Ômicron, BA.5, para futuros reforços, especialmente em grupos de risco como idosos, imunocomprometidos e profissionais de saúde. Esta nova apresentação parece ser mais efetiva no cenário atual. 
8 - Uso de máscaras: a orientação é fazer a gestão individual de risco, contemplando as particularidades de cada família. Caso a pessoa apresente  alguma condição de risco, é recomendável usar máscaras, especialmente em ambientes fechados, mesmo se vacinada. 
Nunca fui alarmista, desempenho o meu papel de orientação  baseado na  melhor ciência atual, sem envolvimento político. Sigamos fazendo o bem e o certo.

Eduardo Jorge, médico e representante da sociedade brasileira de imunizações em Pernambuco.

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