O RECADO DAS URNAS
Embora cada eleição possua suas peculiaridades, não significa afirmar que a mesma deva ser desconsiderada para o cenário futuro.
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Embora cada eleição possua suas peculiaridades, não significa afirmar que a mesma deva ser desconsiderada para o cenário futuro. Que nos diga o grande secretário de Florença. Havia certa expectativa com relação à performance dos candidatos majoritários que receberam de maneira explícita o apoio do ex-presidente Lula e do atual presidente da República Federativa do Brasil. Acreditando-se que a popularidade se faria presente no que tange ao desempenho nas urnas.
O balanço das eleições do primeiro turno demonstrou o crescimento de alguns partidos de perfis mais a direita. Não significa dizer que os de esquerda tenham sofrido baixa. Na verdade, o que ocorreu foi o crescimento ainda que pequeno, de novos partidos, mas dentro do percentual da média de que a chamada esquerda brasileira possui. Tendo como base o resultado eleitoral do primeiro turno, o eleitor demonstrou o desejo de apostar em algo aparentemente novo, mas repudiou as aventuras.
Diante do quadro em que vive o país, o eleitor recifense conseguiu surpreender as expectativas percentuais. Largando na dianteira, o candidato apoiado pelos dois Palácios, apresentava alguns sinais de estancamento nas intensões de voto. Carrega sobre si o legado do seu genitor, mas também encontra dificuldades em defender a atual administração, que segundo pesquisas recentes, possui a pior avaliação das capitais do Nordeste brasileiro. Além do cansaço natural, construído pelo tempo em que o partido governa a Veneza brasileira.
Não menos desafiador, a candidata que faz oposição a atual administração, certamente, também encontrará desafios no segundo turno. Traz consigo um sobrenome mitológico da política pernambucana. Entretanto, terá que extirpar da mente do eleitor o discurso do antipetismo. Sendo assim, o clássico da prole promete ser bastante competitivo. Aquele que conseguir superar a rejeição, certamente estará sentado no próximo ano, na principal cadeira do Palácio Antônio Farias (Palácio Capibaribe).
Hely Ferreira é cientista político.
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