Opinião | O discurso do vice

O saudoso ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, sempre lembrava que a vida é uma roda gigante, tem hora em que estamos por cima, e tem hora que estamos por baixo. Assim, entre altos e baixos é a vida de todos e aqueles que exercem algum cargo público, vive com mais intensidade os desafios, vez que, sua popularidade sempre é colocada à prova.
Recentemente, no encontro com os prefeitos, o presidente da república foi ovacionado e vaiado ao mesmo tempo, diante de uma plateia predominantemente formada por chefes do poder executivo municipal. Vivendo atualmente um inferno astral, segundo todos os institutos de pesquisas, o governo anda procurando resgatar sua popularidade, principalmente entre os que depositaram confiança, acreditando que seria possível vivenciar dias melhores. Durante o evento, a fala contundente do atual vice-presidente da república, serviu para se refletir com relação a um dos problemas que estigmatizam o Estado brasileiro, que é a ausência de espírito público que predomina na maioria das atitudes da alcunhada classe política.Infelizmente, não são poucos os relatos que circulam algumas vezes de maneira explícita, outras vezes de maneira velada, de que alguns estados ou municípios são preteridos pelo fato de que seus administradores não pertencem ao mesmo grupo dos que são responsáveis diretamente pelos repasses das verbas. Na verdade, quem assim se comporta, demonstra que o ódio e o rancor predominam em suas atitudes e que não se encontra a altura do cargo que no momento exerce.
Olinda, 23 de maio de 2025.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.