Opinião | O lado amargo do poder

Geralmente, a consolidação de uma carreira política não é fácil. Uma das coisas exigida é a credibilidade. Algo que muitos confundem com popularidade, embora sejam aparentemente inerentes. A mais recente pesquisa divulgada com relação ao desempenho do governo federal é algo estarrecedor para seus seguidores, mas não é para aqueles que procuram observar o desempenho de seja quem for o governante. Lembrando que militância não combina com ciência, a mesma pode produzir comportamentos divorciados do que se entende por ideal, levando para um caminho de posicionamentos onde a “reflexão” se torna algo contínuo de positivo ou negativo, sempre ao gosto do freguês. Em alguns casos, acredita-se que sejam resquícios de amarguras pessoais.
Recentemente, o governo federal resolveu modificar o comando da comunicação, acreditando que o desgaste era fruto da má informação dos seus feitos e assim estaria sanada a queda da popularidade. Ledo engano, grande parte do desgaste encontra-se ligado diretamente a uma agenda que não consegue reverberar nos anseios da população, muito se foi prometido e pouco tem sido cumprido. É bem verdade que sem o apoio do Congresso fica difícil se implantar uma agenda que ouse mudar a trilha que foi construída para permanência do status quo. O fato que não se pode negar, é que a popularidade do governo vem em queda livre até na Região Nordeste, algo até pouco tempo considerado impossível de acontecer.
O quadro negativo da popularidade apresentado pela pesquisa, também serve de alerta a outros governantes que desejam ser reeleitos no próximo ano. Nunca é demais lembrar, da necessidade de calçar as sandálias da humildade e lembrar que as urnas gostam de ensinar pela dor aos que não governam com amor.
Olinda, 15 de fevereiro de 2025.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.
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