Consórcio Recife Co. anuncia investimentos em centro de processamento
Centro de processamento de dados e landing station para cabo submarino SeaBras-1 começarão a ser construídos em maio de 2021

O consórcio de investidores Recife Co., em parceria tecnológica com a Seaborn Networks, empresa sediada em Boston, Massachusetts (EUA) anunciou hoje a instalação de um data center, categoria Tier 3 com 400 racks e uma landing station para o cabo submarino. O investimento é de US$ 20 milhões. As obras serão iniciadas em maio do próximo ano, com perspectiva de iniciar as operações em janeiro de 2022.
O centro de tratamento de dados será acoplado às instalações da Estação de Aterrissagem (CLS - Cable Landing Station) da derivação do cabo submarino do SeaBras-1. O investimento de US$ 20 milhões vai complementar os US$ 40 milhões que serão aportados na construção do cabo, a partir de agosto de 2021 - empreitada também bancada pela Recife Co., em parceria com a Seaborn Networks.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelos empresários Halim Nagem, Múcio Novaes, Paulo Perez e Urbano Vitalino, no Palácio do Campo das Princesas, em reunião com o governador Paulo Câmara e outras autoridades.
A expectativa do grupo de investidores é que o projeto, quando atingir sua maturidade, fature até R$ 320 milhões por ano. Halim Nagem afirmou que o investimento melhorará ainda mais o ranking de Pernambuco e da cidade do Recife como opções para novos negócios para grandes corporações nacionais e internacionais.
“A oferta de tráfego de dados em alta velocidade e com segurança é um dos primeiros critérios a serem observados pelos investidores. Mas mesmo os pequenos negócios e pessoas físicas também irão tirar proveito dessa operação”, observa. “A tecnologia estará disponível para todos. Já somos um polo logístico e tecnológico e, com esse aporte, daremos um salto ainda mais qualitativo”, complementa.
“São investimentos volumosos, que vão ao encontro do que a gente acredita dentro da economia do conhecimento e da melhoria da infraestrutura da rede de dados de Pernambuco. Vamos dotar o Estado de condições cada vez melhores para estarmos dentro de um contexto mundial de economia do conhecimento, economia criativa e muita geração de emprego e renda na área da tecnologia da informação”, reforçou o governador Paulo Câmara.
O empreendimento também deve funcionar como fator de atração de investidores para o Porto Digital, polo pernambucano de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
“Esse é um relevante investimento em Infraestrutura para a economia do século 21 que vai conferir produtividade não apenas para as empresas, mas para o setor público, a Academia, instituições de ensino de todos os portes e também para a população em geral”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach.
ENTENDA O PROJETO
O Data Center da Recife Co. terá três pisos, sendo que no térreo, a área será dedicada ao desembarque do cabo submarino SeaBras-1, que começa em NY e vai até Praia Grande (SP) pelo fundo do mar. No mesmo nível ficarão as construções para os equipamentos da subestação, moto gerador, sistema de energia ininterrupto, central condicionadora de ar e equipamentos de energia para o cabo submarino. Além disso, a sala de Telecom para entrada e saída de cabos de fibras óticas, escritórios, salas de reunião, recepção, depósito e construções auxiliares.
O primeiro e segundo andares, por sua vez, serão compostos de “data halls” (salas para abrigar os servidores das empresas contratantes). Eles serão preenchidos em quatro fases, cada uma com 100 “racks” para servidores e cada rack com potência média permitida de 10KW cada um. Com a ocupação plena com todos os “data halls”, o consumo de energia será 5MW. De acordo com a Recife Co., a infraestrutura do centro de processamento de dados será suprida por duas linhas independentes de energia elétrica de alta tensão de 13,8 KV.
O SeaBras–1, cabo submarino construído pela Seaborn Networks e Alcatel-Lucent Submarine Networks, é composto de seis pares de cabos de fibra ótica e tem capacidade para transportar dados a 72 terabits por segundo, ao longo de 10,8 mil quilômetros no Oceano Atlântico. O investimento foi de US$ 500 milhões. A conexão interligando o cabo ao Recife, por sua vez, será construída a partir de um consórcio liderado pela Recife Co. A previsão é que as operações sejam iniciadas em julho de 2022.
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