CNI: atividade industrial mantém trajetória de recuperação
Números ainda são inferiores ao período pré-pandemia
Foto: CNI/ José Paulo Lacerda
Em julho, a atividade industrial continuou em trajetória de recuperação, passando a reverter parte da queda acumulada em março e abril, segundo dados dos Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentados nesta terça-feira (8). Faturamento real, horas trabalhadas na produção e Utilização da Capacidade Instalada (UCI) aumentaram pelo terceiro mês consecutivo.
Segundo o balanço, o faturamento real da indústria aumentou 7,4% em julho, considerando a série dessazonalizada, acumulando alta de 34,5% nos últimos três meses. Com, isso, o faturamento está 1,7% menor que o registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia. As horas trabalhadas na produção aumentaram 4,5% em julho, totalizando uma alta de 20,9% nos últimos três meses. Mesmo assim, o total de horas trabalhadas ainda está 7% abaixo do apurado em fevereiro. O índice de horas trabalhadas na produção encontra-se 7% abaixo do patamar de fevereiro. No acumulado do ano o indicador apresenta queda de 9% em relação a igual período do ano anterior.
A Utilização da Capacidade Instalada aumentou 2,9 pontos percentuais em julho, um acumulado de 8,8 pontos percentuais nos últimos três meses, saindo de 66,6% para 75,4%. Esse percentual, no entanto, ainda é 3,4% menos do que o registrado em fevereiro, antes da pandemia.
Emprego industrial
No mês passado, o emprego industrial ficou próximo da estabilidade, ao registrar queda de 0,2%. Nos meses anteriores, o emprego havia recuado com mais força: queda de 0,4% em março, 2,1% em abril e 0,6% em maio. Desde fevereiro, o indicador acumula queda de 3,5%. Na comparação do acumulado de 2020 (até julho) com os primeiros sete meses de 2019 o emprego registra queda de 2,6%.
A massa salarial paga aos trabalhadores da indústria caiu 1,7% no mês na série dessazonalizada. A queda ocorre após crescimento de 9,4% em junho, que
havia sido influenciado, segundo a CNI, pelas condições excepcionais de término de alguns acordos de suspensão ou redução da jornada de trabalho e salário. A massa salarial acumulada em 2020 até julho é 6,1% inferior a igual período de 2019.
O rendimento real pago aos trabalhadores da indústria caiu 2,4% em julho, revertendo parcialmente o crescimento do mês anterior, que também tinha sido resultado do fim de parte dos acordos de suspensão e redução de jornada de trabalho e salário. No acumulado do ano de 2020 até julho, o rendimento médio real é 3,6% inferior em relação ao mesmo período de 2019.
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