PMs são julgados pela morte de Marcos Laurindo, em 2013; jovem foi morto dentro de casa sem motivação
Polícia Civil refutou a alegação dos réus de que Marcos Laurindo da Silva teria resistido à abordagem e disparado contra a viatura da PM
Foto: Gajop / Divulgação
O julgamento dos dois policias militares acusados de matar Marcos Laurindo da Silva, de 21 anos, na frente dos pais, dentro da própria casa, na comunidade Bola na Rede, no bairro da Guabiraba, na Zona Norte do Recife, acontece nesta terça-feira (20), na Segunda Vara do Tribunal de Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra. O crime aconteceu em 2013, no entanto, a resolução desse caso só deve ocorrer agora, após mais de 10 anos.
Estão sendo julgados os PMs Diogo Pereira de Barros, réu por homicídio duplamente qualificado e Paulo Sérgio Reis da Silva, por falso testemunho na fase de investigação com o objetivo de proteger o colega de farda.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o caso aconteceu no dia 17 de maio de 2013, por volta das 23h. Marcos estava em frente à residência onde morava com os pais, Lúcia e Francisco. Foi quando os dois policiais militares pararam a viatura de forma brusca, na frente do imóvel. Segundo o documento, assustado, a vítima entrou em casa. Na sequência, o policial militar Diogo Pereira seguiu o jovem e, mesmo com os apelos da mãe de Marcos, efetuou três disparos à queima roupa, na frente dos pais e de uma criança de dois anos, irmão do jovem.
Após os tiros, os dois PMs envolvidos levaram Marcos para o Hospital Agamenon Magalhães, na Zona Norte do Recife, onde foi constatado que ele já se encontrava morto. Na época, os agentes registraram a ocorrência como "auto de resistência", alegando que Marcos teria tentado assaltar a viatura. No entanto, ao longo da investigação, a Polícia Civil refutou a alegação dos réus de que Marcos Laurindo da Silva teria resistido à abordagem e disparado contra a viatura da PM.
Além disso, ficou comprovado que Paulo Sérgio Reis da Silva, ainda que não tenha participado diretamente da morte da vítima, faltou com a verdade durante as investigações para colaborar com a versão apresentada pelo outro réu. A resolução e o resultado desse crime deve ocorrer ainda nesta segunda-feira (20).
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