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André Falcão: A Renda Fixa também apresenta riscos! Saiba como minimizá-los


Por: REDAÇÃO Portal

Foto: Divulgação

09/10/2023
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Com a performance negativa de grande parte do mercado de ações nos últimos anos e a atual taxa de juros elevada, com a Selic em 12,75%, é compreensível que muitos investidores tenham optado por concentrar seus recursos em ativos de renda fixa, buscando uma sensação de segurança.

No entanto, mesmo dentro da categoria de renda fixa, temos visto casos em que esses ativos têm apresentado desafios para os investidores.

Como é possível investir com segurança na renda fixa?

Antes de responder essa pergunta, é importante entender o conceito de renda fixa.

Essa modalidade de investimento envolve emprestar dinheiro para uma instituição financeira, empresa ou até mesmo o governo, com a expectativa de receber o valor emprestado no futuro, acrescido de juros. Em outras palavras, é como conceder um empréstimo, onde você atua como o credor, e a entidade emissora do título é a devedora.

O termo “fixa” deriva do fato de que o rendimento é estabelecido no momento da compra e pode ser conhecido de antemão, como nos títulos prefixados, ou depender de índices, como é o caso dos títulos pós-fixados, vinculados ao CDI ou à inflação (IPCA).

No entanto, é importante lembrar que esse tipo de operação não está isento de riscos, assim como qualquer outro investimento.

Um dos principais riscos a serem observados é o risco de inadimplência, ou seja, a possibilidade de a instituição emissora do título não cumprir com o pagamento ao investidor.

Recentemente, tivemos notícias de grandes empresas e bancos enfrentando dificuldades para honrar suas dívidas. Neste ano, destacaram-se casos como os das Lojas Americanas, Light, BRK Financeira e Portocred.

Embora não exista uma fórmula mágica para prever com precisão quais empresas podem entrar em inadimplência, é fundamental estabelecer critérios sólidos para mitigar esse risco. Na Múltiplos, nossos critérios de avaliação incluem:

  • Análise dos balanços financeiros, com ênfase na saúde financeira e histórico de lucros consistentes.
  • Avaliação dos ratings de agências especializadas, como a Standards & Poor’s e a Fitch.
  • Exame do Índice de Basileia e imobilização para emissões bancárias, com fontes confiáveis, como o site Banco Data.

Dentro de cada um desses critérios de avaliação, aplicamos rigorosos padrões para determinar se um ativo é adequado ou não para nossos clientes, a fim de minimizar ao máximo o risco de contraparte.

Outro ponto importante para o investidor de renda fixa é a marcação a mercado, que consiste na atualização dos preços dos ativos conforme a demanda do mercado no momento, ou seja, é a cotação diária de um título.

Isso afeta principalmente os títulos prefixados e segue a lógica de que, quando os juros (Selic) sobem, os preços dos títulos prefixados caem, e vice-versa. É importante lembrar que essa dinâmica se aplica apenas antes do vencimento. Se você mantiver o título até o vencimento, receberá a rentabilidade acordada.

Portanto, ao investir em títulos dessa natureza, é fundamental tomar as seguintes precauções:

  • Não destinar a investimentos de longo prazo os recursos que possam ser necessários antes do vencimento.
  • Ter atenção especial com títulos prefixados, pois eles são sensíveis às variações da taxa básica de juros (Selic).
  • Basear suas decisões de investimento em análises fundamentadas e considerar as perspectivas da taxa de juros.

André Falcão – economista e sócio da Múltiplos Investimentos. 09/10/2023

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