O ensino presencial remoto
O inesperado advento da pandemia do covid-19 sacudiu esse percorrer e projetou novos desafios diante do isolamento social.

Foto: Divulgação
A transição do modelo tradicional de ensino “transmissor de conteúdos” em sala de aula, cujo protagonismo é do professor, para o modelo contemporâneo de aprendizado colaborativo-interativo de metodologias ativas, centrado no educando, ainda está em andamento em distintos níveis educacionais e com diferentes estágios de adoção.
O inesperado advento da pandemia do covid-19 sacudiu esse percorrer e projetou novos desafios diante do isolamento social.
A escola enquanto espaço físico para propósitos educacionais, outrora ambiente exclusivo de aprendizagem, vê-se de repente compelida a intensificar a incorporação do espaço virtual como extensão de sua atividade nuclear.
O processo foi facilitado em razão de que há muito os cursos já deixaram de ser eminentemente presenciais (offline learning), e passaram a utilizar diversos meios tecnológicos online.
A aprendizagem moderna é toda híbrida, semipresencial (blended learning). Os cursos empregam menos ou mais tecnologias online, mas sempre empregam. Não faz mais sentido distinguir educação por modalidade, presencial e a distância. Educação é uma só, ofertada com diferentes graus de tecnologia.
Neste contexto, então, acelera-se a adoção do ensino presencial remoto, operado em ambiente virtual, através de diversas ferramentas digitais, síncrono, onde pontifica a interação professor-aluno, em geral com aula ao vivo e com materiais personalizados. O ambiente de aprendizagem presencial é como que transportado para o espaço virtual.
Por conta do repentino aparecimento da doença, o ensino presencial remoto teve que ser implementado rapidamente, não raro de forma improvisada, desorganizada, às vezes como mera replicação de aulas presenciais, sem os recursos midiáticos e pedagógicos adequados para a aprendizagem remota.
Inobstante os desacertos ocorridos, justificados em razão do inusitado do momento, a modalidade veio para ficar e se vai estender celeremente, urbi et orbi, diante da velocidade com que as mudanças tecnológicas estão ocorrendo,
No novo contexto, a escola enquanto espaço físico de aulas presenciais continuará importante. Mas para o aluno será muito mais um locus de convivência, interação, relação interpessoal, encontro com professores, pois parte apreciável do seu tempo estará dedicada ao ambiente virtual.
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Maurício Costa Romão, é Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. [email protected]
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