Pernambuco proíbe serpentinas metálicas e reforça segurança no Carnaval

Desde dezembro de 2024, a venda de serpentinas metálicas está proibida em Pernambuco. A medida é prevista pela Lei 18.753/2024, aprovada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e sancionada pela governadora Raquel Lyra. Comerciantes e ambulantes que desrespeitarem a legislação poderão ter mercadorias apreendidas e receber multas de até R$ 10 mil.

O transporte tem como objetivo evitar tragédias envolvendo o contato das serpentinas metálicas com redes elétricas. Um exemplo marcante ocorreu em 2011, em Minas Gerais, quando 16 pessoas morreram e outras 55 morreram em um bloco de carnaval após um curto-circuito causado por serpentinas metálicas. Mais recentemente, no Carnaval de 2023, o uso do material causou uma queda no fornecimento de energia no circuito Barra-Ondina, em Salvador, interrompendo a festa por várias horas.

No Réveillon deste ano, em Olinda, uma pessoa sofreu queimaduras moderadas após lançar serpentinas metálicas contra fios de energia. "A serpentina metálica é um condutor de energia elétrica. Se lançada contra fios, pode causar graves acidentes. Até mesmo os lançamentos de confetes podem atingir redes elétricas, dependendo da pressão e alcance. A opção mais segura é usar serpentinas de papel comum, não metalizadas ”, alertou Leonardo Moura, superintendente Operacional da Neoenergia Pernambuco.

A legislação pernambucana foi elogiada por especialistas em segurança, e há iniciativas semelhantes de tramitação em outros estados, como na Bahia, onde a Assembleia Legislativa discute um projeto de lei para proibir o uso e a comercialização do material.