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Antigo porta-aviões pode ser afundado nesta quarta; Ibama alerta para riscos ambientais


Por: REDAÇÃO Portal

A CBN Recife tentou contato com o Ministério do Meio Ambiente, mas ainda não obteve resposta

A CBN Recife tentou contato com o Ministério do Meio Ambiente, mas ainda não obteve resposta

Foto: Reprodução/Arquivo/MSK via Portos e Navios

01/02/2023
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Proibido de atracar em Pernambuco há exatos 119 dias, isto é, desde 5 de outubro do ano passado, o casco do antigo porta-aviões São Paulo, que está carregado de substâncias tóxicas, pode ser afundado hoje (01) pela Marinha do Brasil. A denúncia foi feita nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Atualmente, o ex-navio encontra-se em águas internacionais, no entanto, próximo o bastante para contaminar o litoral pernambucano, se for afundado. De acordo com o Ibama, a intenção da Marinha é realizar uma série de explosões controladas para que rasgos sejam abertos no casco da embarcação e assim a água possa penetrar por esses espaços e afundar o antigo porta-aviões.

Contudo, apesar das explosões serem limitadas e controláveis pela Marinha, não se pode dizer o mesmo do impacto ambiental. Ainda segundo o Ibama, o ex-navio, ao submergir, liberará todos os materiais poluentes presentes em sua estrutura e assim impactará locais de grande biodiversidade marinha, fundamentais para o equilíbrio ecológico.

Entre as substâncias, está o amianto, produto altamente tóxico, de uso proibido no Brasil desde 2017, a partir de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O oceano seria contaminado com nove toneladas do produto tóxico que causa doenças como o câncer de laringe, do trato digestivo e de ovário; espessamento da pleura (camada que reveste o pulmão) e do diafragma (músculo que sustenta o pulmão), derrames pleurais (acúmulo de líquido no pulmão) e entre outros severos distúrbios respiratórios.

Ainda ontem (31), o Ministério Público Federal entrou com uma ação para impedir que o porta-aviões venha a ser afundado. Segundo o MPF, o objetivo é evitar um “dano irreparável ao meio ambiente marinho, à saúde pública da população e consequências sanitárias irreversíveis”.

Organizações Não-Governamentais Internacionais, como a Shipbreaking Platform, que monitora o desmonte de navios ao redor do mundo, fazem apelo ao Presidente Lula para que, como Comandante Supremo das Forças Armadas, não permita o afundamento.

A CBN Recife tentou contato com o Governo de Pernambuco e com o Ministério do Meio Ambiente, mas ainda não obteve resposta.

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.

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