Audiência vai definir rumos da greve dos metroviários nesta sexta

A greve dos metroviários de Pernambuco passa por novos desdobramentos nesta sexta-feira (4). Com três dias de paralisação total, a Justiça do Trabalho determinou a operação nos horários de pico do Metrô do Recife e vai tentar uma mediação para que os trabalhadores grevistas e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que gerencia o sistema pernambucano, entrem em acordo.

A partir das 15h desta sexta, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), realiza uma reunião entre as partes na tentativa de conciliação para decretar o fim da greve da categoria. 

De acordo com o TRT-6, as negociações serão comandadas pelo desembargador Sérgio Torres. Ele havia tentado uma conversa para a tarde de quinta-feira, no entanto, por questões pessoais, as lideranças do Sindmetro-PE não tiveram disponibilidade. O encontro acontece no edifício-sede da entidade, localizado no Cais do Apolo, no Bairro do Recife, Centro da capital, apenas com a presença das partes envolvidas.

A CBTU confirmou a participação na reunião. A companhia reforçou "seu empenho para resolver essa questão e que está aberta para o diálogo com os sindicatos".

A Justiça do Trabalho de Pernambuco também atendeu a solicitação da CBTU, e determinou que os metroviários, que iniciaram a greve geral em Pernambuco, forneçam, ao menos, a operação do Metrô do Recife nos horários de pico da manhã e da noite. O retorno deve ser de 60% da frota de trens em horários de pico e 40% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, a multa diária será de R$60 mil.

A categoria desde abril se encontra em estado de greve, para pressionar o governo federal a retirar a CBTU do PND. Antes da paralisação total do serviço, os metroviários cruzaram os braços em duas ocasiões, no mês de julho, uma por 24h e outra por 48h. Agora o sistema parou por tempo indeterminado.

Confira as informações com o repórter Guilherme Camilo, clicando no 'play' acima.