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Com morte de major baleada, após ataque de PM, Pernambuco tem novas cinco vítimas fatais para a violência

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Por: REDAÇÃO Portal

Com a morte da major Aline Maria, de 42 anos, que foi baleada em ataque do PM Guilherme Barros, o Estado tem cinco vítimas fatais para a violência.

Com a morte da major Aline Maria, de 42 anos, que foi baleada em ataque do PM Guilherme Barros, o Estado tem cinco vítimas fatais para a violência.

Foto: G1

21/12/2022
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Uma tragédia que deixou os pernambucanos estarrecidos. Com a morte da major Aline Maria, de 42 anos, que foi baleada em ataque do PM Guilherme Barros, o Estado tem cinco vítimas fatais para a violência. Em nota divulgada pela Polícia Militar, a policial passou por cirurgia, após ser atingida por disparos de arma de fogo, mas não resistiu aos ferimentos e veio à óbito na noite de ontem. Ela tinha 24 anos de carreira na PM e deixa o marido e uma filha de cinco anos. Durante o ataque, morreram também o recém tenente Wagner Souza, promovido na última segunda, além do autor dos disparos, e outros dois policiais ficaram feridos. 

Antes de ir ao 19° Batalhão de Polícia Militar (BPM), localizado no bairro do Pina, Guilherme, matou a esposa, que estava grávida de três meses, dentro da própria casa no Cabo de Santo Agostinho. Cláudia Gleice da Silva, de 33 anos, foi atingida por sete tiros nas costas enquanto dormia, e chegou a ser levada para a UPA do Cabo, por familiares. O relacionamento dos dois, segundo parentes da vítima, foi marcado por brigas e agressões por parte do policial, que não aceitava o fim do relacionamento. Apesar das ameaças, a mulher decidiu ficar na mesma casa com o policial, devido à gravidez. A morte de Cláudia foi registrada como feminicídio pela Força Tarefa de Homicídios. Segundo a corporação, as investigações serão conduzidas pela 14ª Delegacia de Polícia de Homicídios.

Para chegar ao Batalhão, Guilherme acionou um carro de aplicativo, e durante o trajeto, segundo a advogada que trabalha na defesa do motorista, o PM ligou para várias pessoas, dizendo que teria matado a mulher e que ainda “mataria os inimigos”. O motorista dirigia com uma arma apontada à cabeça, e segundo ele, o policial não estava fardado. 

Após ter matado a esposa, e ter atirado contra policiais militares com quem trabalhava, Guilherme atentou contra a própria vida. A Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) lamentou as mortes e o caso e informou que os crimes que ocorreram no 19° Batalhão serão investigados por meio de Inquérito da Polícia Militar. Os corpos de Aline, Wagner e de Cláudia mais o bebê que tinha no ventre, serão velados e enterrados nesta quarta-feira (21). 

O crime levanta uma série de questionamentos e aponta que: o feminicídio, infelizmente, é um problema que ocorre nas mais variadas famílias, inclusive na de militares; saúde mental não pode e nem deve ser negligenciada por qualquer pessoa, sobretudo as que têm profissões de alto risco; o estrago que uma pessoa descontrolada pode fazer com uma arma de fogo na mão; e que a violência, em Pernambuco, não poupa até quem usa farda.

Confira resumo das vítimas do ataque do policial militar: 

Claudia Gleice da Silva, de 33 anos, era companheira de Guilherme e levou 7 tiros nas costas, enquanto dormia, mas não resistiu aos ferimentos. Claudia estava grávida, mas nem ela, nem o bebê resistiram.

Wagner Souza, de 30 anos, foi atingido aos disparos e morreu no 19º Batalhão; Está sendo velado na manhã desta quarta-feira (21), e tinha sido promovido na última segunda-feira (19), a tenente do 19° BPM.

Aline Maria, major da PM, 42 anos, era casada e tinha uma filha de 5 anos. Chegou a ser cirurgiada, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

Paulo Rebelo, recebeu um tiro no ombro e segue internado no Hospital Português.

Maurino Uchôa, sargento, que sofreu ferimentos leves e já teve alta na terça-feira (20).

 

Ouça a nota da repórter Ana Júlia Duarte clicando no play acima

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