Delegado que atirou em ambulante em Fernando de Noronha vira réu, segundo TJPE
Suspeito irá responder por tentativa de homicídio duplamente qualificado e por não prestar socorro

Foto: Divulgação/PCPE
O delegado Luiz Alberto Braga se tornou réu após ser acusado de tentar matar o ambulante Emmanuel Gonçalves Apory, além de omitir socorro. O caso aconteceu durante uma briga em Fernando de Noronha. A denúncia, feita pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), foi aceita na última sexta-feira (20), pela juíza Fernanda Moura de Carvalho, da Vara Única do arquipélago.
Segundo a magistrada, há provas suficientes, como laudos periciais e depoimentos colhidos na investigação policial, que indicam a autoria do crime. O Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE) confirmou que, com isso, o delegado responderá judicialmente por tentativa de homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima — e por não ter prestado socorro após o disparo.
Além de aceitá-lo como réu, a juíza determinou que Luiz Alberto permaneça afastado das funções e com o porte de arma suspenso. Essas medidas, inicialmente impostas por 120 dias pela Secretaria de Defesa Social (SDS), passam a valer por tempo indeterminado após a decisão judicial.
A defesa alegou que o tiro foi em legítima defesa, mas o argumento foi rejeitado pela juíza, que afirmou não haver elementos suficientes para sustentar essa versão. As investigações indicam que o conflito começou quando o delegado confrontou Emmanuel por um suposto assédio à sua namorada durante uma festa no Forte dos Remédios. Imagens mostram o delegado empurrando o ambulante antes de começar uma luta, que terminou com um disparo na perna da vítima, posteriormente amputada.
Inicialmente, a Polícia Civil indiciou Luiz Alberto por lesão corporal gravíssima, com base em laudo médico. Porém, o promotor Fernando Cavalcanti Matos considerou o caso mais grave e o denunciou por tentativa de homicídio. O delegado estava de plantão temporário na delegacia da ilha, cobrindo as férias do titular, mas atua regularmente na Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas, no Recife. Além do processo criminal, ele também é alvo de um procedimento disciplinar na Corregedoria da SDS, ainda sem previsão de término.
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