Faturamento do varejo teve queda de R$ 6 bilhões em dez semanas, aponta economista

A crise sanitária, causada pelo coronavírus, está resultando em uma série de transtornos na saúde e na economia de todo o país, contribuindo para o  adiamento da recuperação ao qual o setor produtivo pernambucano e, em especial, o setor do comércio de bens, serviços e turismo vinha passando. Em entrevista concedida ao programa CBN Recife, o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, destacou que, em dez semanas, houve uma queda de R$ 6 bilhões no faturamento do varejo. “É muita coisa, que desdobra em queda na própria arrecadação do setor público, que precisa de recursos para  investir na área da saúde, educação, segurança”, afirma o especialista. 

Ainda de acordo com Rafael, o déficit é fruto da falta de faturamento do setor, já que a maioria - cerca de 60% - dos estabelecimentos esteve fechado nos últimos dias, precisando optar pela demissão dos funcionários, acarretando no alto nível de desemprego. Além disso, economista ressaltou que o decreto do governo do estado, que estabelece as medidas de flexibilização do isolamento social, não foi bem recebida pelo setor devido à longevidade do plano. “Esse plano de flexibilização em relação ao setor produtivo, especificamente o varejo, não é muito bom não.  A gente vê com um atraso muito grande essa abertura e isso vai causar impacto significativo, pode se desdobrar em relação a queda, faturamento e desemprego”, pontua Ramos.  

Confira outras informações na entrevista completa com Rafael Ramos, disponível no play acima.