Impactos causados pela dengue podem gerar prejuízo de R$ 84,5 milhões para economia em Pernambuco
Um levantamento realizado pela Federação apontou que, até o momento, houve um impacto financeiro de R$ 35,5 milhões
Foto: Amanda Perobelli (via Agência Brasil)
Segundo a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), o aumento dos casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti está comprometendo a operação das indústrias do Estado. Um levantamento realizado pela Federação apontou que, até o momento, houve um impacto financeiro de R$ 35,5 milhões, mas se os casos continuarem crescendo, estima-se que haja um choque de R$ 84,5 milhões na produtividade da indústria, do comércio e dos serviços em Pernambuco.
O último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES) confirmou 2.447 casos de dengue, além de 24.080 casos prováveis da doença desde o início de 2024, com duas mortes registradas. Esses números mostram um aumento de 601,2% nas ocorrências de dengue se comparadas com o mesmo período do ano passado.
Diante dessa situação, o levantamento da FIEPE, feito com empresários, mostrou que quase 73% dos entrevistados informaram a necessidade de afastar funcionários por alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti.
O porta-voz da Federação, Cézar Andrade, explica o impacto desses números.
“Quando o trabalhador é diagnosticado com alguma das doenças causadas pelo mosquito, o médico normalmente dá um atestado de sete dias. A gente chega a uma estimativa de que há uma perda de produção de R$ 2.012,71, em média. Então, a gente calcula, pela quantidade de trabalhadores da indústria que foram afastados nessas quinze primeiras semanas, que, até o momento, houve essa perda de trinta e cinco R$ 35,5 milhões”, relatou..
45, 56% dos empresários entrevistados citaram a queda na produção como principal impacto causado pelos casos de dengue. 34,44% das indústrias precisaram realocar os funcionários, enquanto 15,56% tiveram que pagar hora extra para compensar o afastamento dos colaboradores. Sobre novas contratações, apenas 4,44% dos empresários alegaram essa necessidade.
De acordo com Cézar Andrade, o aumento dos casos de arboviroses no Estado implicam em mais perdas para a economia.
“O Ministério da Saúde estima que no Brasil, até o final de 2024, haja 4,2 milhões de casos. Hoje, a gente representa apenas 1% dos casos. Estima-se que, em Pernambuco, até o final do ano, haja 42 mil casos. Então, com esses 42 mil casos, em média, por 7 dias, durante o ano todo, a gente chega a esse valor de 84 milhões”.
Ouça a matéria do repórter Lucas Arruda no ‘Play’ acima.
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