Indústrias do Mercosul e da UE pedem urgência para acordo comercial
Empresários dos dois blocos assinaram declaração conjunta

Foto: Isac Nóbrega/PR
Por Agência Brasil
As confederações das indústrias dos países do Mercosul e da Europa pediram urgência para a ratificação do acordo comercial entre os dois blocos. As entidades assinaram hoje (26) declaração conjunta, em que defendem a implementação do acordo o mais rápido possível para criar oportunidades de negócios e promover o desenvolvimento sustentável.
O documento foi divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pela União Industrial Argentina (UIA), pela União Industrial Paraguaia (UIP), pela Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU) e pela BusinessEurope nesta tarde.
Para as entidades, o acordo, firmado no ano passado, mas que depende de aprovação dos parlamentos de todos os países envolvidos, trará ganhos para as indústrias tanto do Mercosul como da União Europeia. Os países sul-americanos terão acesso a um mercado desenvolvido e altamente integrado à economia mundial. As indústrias europeias se beneficiarão por oportunidades de negócios trazidas pela abertura do Mercosul.
De acordo com a CNI, cerca de 65% do comércio entre o Mercosul e a União Europeia está sujeito a barreiras tarifárias ou não tarifárias. Para a entidade brasileira, a liberalização gradual das tarifas favorecerá exportações e investimentos bilaterais, contribuindo para o crescimento dos dois blocos e abrindo portas para cooperações em áreas que vão do clima à saúde. A entidade também acredita que o acordo permitirá modernizar a pauta de exportações do Brasil, concentrada em produtos primários.
Agenda ambiental
A declaração conjunta destaca que o capítulo sobre desenvolvimento sustentável do acordo entre o Mercosul e a União Europeia é o mais avançado entre os acordos comerciais no mundo. Um dos exemplos citados foi a obrigatoriedade de as partes implementarem efetivamente o Acordo de Paris, que pretende controlar as emissões de gases relacionados ao efeito estufa.
Segundo a CNI, o Brasil pode dar um exemplo na agenda global de sustentabilidade. O país emite quase seis vezes menos gás carbônico que a Coreia do Sul e quase sete vezes menos que a Austrália.
Micro e pequenas empresas
Outro ponto que a entidade brasileira considera positivo é a abertura do acesso de micro e pequenas empresas ao mercado internacional. Para a CNI, o acordo beneficia as fábricas de pequeno e de médio porte, ao reduzir a burocracia alfandegária e as exigências de testes e de certificações específicas.
A declaração conjunta citou, como exemplos de benefícios conjuntos, a remoção de tarifas elevadas, o acesso a mercados de compras governamentais (quando empresas estrangeiras vencem licitações nacionais), regras de facilitação do comércio, a redução de barreiras não tarifárias e a proteção de um número expressivo de indicações geográficas (produtos com origem geográfica comprovada) para ambos os lados.
Not��cias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 30/07/2025
Fecomércio prevê queda nas vendas do Dia dos Pais; data deve movimentar R$ 183 milhões no estado
Inflação em presentes tradicionais e alta taxa de desemprego explicam...
- Por REDAÇÃO
- 30/07/2025
Número de ressarcimentos pelo INSS chegará a 1,2 mi até 31 de julho
Nova estimativa foi divulgada por ministro da Previdência Social
- Por REDAÇÃO
- 29/07/2025
Custo da CNH pode cair até 80% com projeto em estudo nos Transportes
Autoescola deixaria de ser obrigatória, mas prova prática continuaria
- Por REDAÇÃO
- 28/07/2025
INSS: 1,1 milhão de aposentados serão ressarcidos até 30 de julho
Adesão ao acordo com governo pode ser feita até novembro
- Por REDAÇÃO
- 26/07/2025
Procon Recife inicia pesquisa de intenção de compras para o Dia dos Pais
Levantamento busca entender hábitos de consumo e orientar fiscalização em...
- Por REDAÇÃO
- 25/07/2025
FGTS vai distribuir quase R$ 13 bilhões do lucro de 2024
Rentabilidade do fundo ficará em 6,05%, acima da inflação