Juiz foi morto com um disparo na cabeça; Polícia não descarta nenhuma hipótese

À frente da investigação do assassinato do Juiz de Direito da 21ª Vara Cível do Recife, Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, morto na noite desta quinta-feira (19), em Jaboatão dos Guararapes, a Polícia Civil de Pernambuco afirmou, durante coletiva de imprensa, que nenhuma hipótese está descartada. Os delegados responsáveis pelas investigações revelaram que os criminosos desceram do carro com máscaras cirúrgicas, e não encapuzados, para que não fossem identificados. Até o momento, segundo a polícia, ninguém foi preso. 

A vítima foi executada a poucos metros de onde morava e vestia roupas esportivas. De acordo com a delegada da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Euricélia Nogueira, que estava de plantão no momento do crime, o magistrado era muito tranquilo e não temia pela sua insegurança.

Segundo testemunhas, três homens desceram do carro, e um quarto permaneceu no veículo do modelo Ônix, de cor vermelha.

Apesar de não ter sido levado nenhum pertence do juiz, a polícia não descarta o latrocínio, que é o roubo seguido de morte, e nem a execução por engano. A delegada do DHPP, Euricélia Nogueira ainda destacou que uma perícia foi realizada no corpo do magistrado e no local.

O crime tem repercutido desde a noite de ontem, com notas de solidariedade de órgãos públicos, como o TJPE, que decretou luto oficial de três dias, a OAB-PE, Associação dos Magistrados de Pernambuco (Amepe) e TRE, além do Governo de Pernambuco. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, também se manifestou em solidariedade aos familiares e informou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acompanha as investigações.

O corpo de Paulo e Torres foi velado e cremado na tarde desta sexta-feira (20).

Confira as informações com o repórter Guilherme Camilo, clicando no 'play' acima.