Logística Reversa é uma das soluções para implementar a reciclagem entre as empresas em Pernambuco

Com uma população superior a 210 milhões de habitantes, o Brasil produz 81,8 milhões de toneladas de lixo por ano e apenas 1,76% desses resíduos são reaproveitados ou reciclados, de acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O Nordeste tem um dos piores índices de reciclagem do país, com cerca de 0,70%.

Neste Dia Mundial da Reciclagem é importante ressaltar que as medidas para implementação do reúso são inúmeras e vão além de uma simples conscientização. A logística reversa, por exemplo, é uma das formas de trazer o incentivo para o reaproveitamento entre as empresas. Ela é uma resposta ao modelo linear de produção, que descarta a embalagem do produto após o uso. A secretária executiva de sustentabilidade da Semas-PE, Karla Godoy, explica sobre a aplicação desse processo nas empresas pernambucanas.

O Brasil se destaca apenas na reciclagem de latinhas de alumínio, cerca de 98% do produto são reciclados. Desde 2010, o Brasil possui uma legislação de nº 12305/10 chamada de Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei define a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos sólidos (comerciantes, fabricantes, distribuidoras, cidadãos e trabalhadores do setor de manejo dos resíduos sólidos) para garantir a logística reversa dos produtos no pós-consumo.

Em Pernambuco, o decreto nº 54.222/2022 regulamenta a logística reversa e propõe as regras para a implementação, estruturação e operacionalização dos sistemas. Ele se aplica para os fabricantes, distribuidores e comerciantes de produtos armazenados em embalagens recicláveis. 

Ouça a matéria da repórter Ana Júlia Duarte clicando no play acima