Ministério do Desenvolvimento Regional reconhece emergência climática em três cidades pernambucanas
Com o reconhecimento, Brejão, no Agreste Meridional, e Itacuruba e Salgueiro, no Sertão pernambucano, podem solicitar recursos do Governo Federal

Foto: Eduardo Ricken/TV Globo
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência em três cidades pernambucanas que passam por um período de estiagem significativo. Com o reconhecimento, Brejão, no Agreste Meridional, e Itacuruba e Salgueiro, no Sertão pernambucano, podem solicitar recursos do Governo Federal para executar ações de defesa civil, como compra de cestas básicas e água potável.
Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Salgueiro, no Sertão, registrou 348,3 mm de precipitação de 1º de janeiro a 29 de maio em todo o ano, e a barragem de Boa Vista, localizada no município, é uma das 8 no estado que se encontram na classificação de colapso, dispondo de apenas 1,15% da capacidade. Itacuruba, banhada pelo Rio São Francisco, tem uma situação ainda mais grave: foram 232,3 mm de chuva em 2024.
Brejão, no Agreste Meridional, dentre as cidades reconhecidas pelo Ministério em emergência climática, obteve os melhores índices de precipitação, com 501,6 mm e aumento da média de chuvas nos meses de abril e maio. Para o Sertão, a perspectiva é de que, até agosto, ocorra diminuição dos níveis, chegando a 11,6 mm.
Barragens
A Apac monitora 89 barragens em Pernambuco. Dessas 17 estão vertendo, ou seja, com mais de 100% da capacidade. É o caso de Matriz da Luz, Sicupema e Pirapama, na Região Metropolitana do Recife (RMR); Santana II, Tabocas-Piaca, Belo Jardim, Brejo dos Coelhos, São Jacques, Pau Ferro, Inhumas, Ingazeira e Mundaú, no Agreste; e Laje do Gato, Jazigo, Chinelo e Sítio das Moreiras, no Sertão.
Por outro lado, os 8 reservatórios em colapso, entre 0% e 10% da capacidade, estão situados entre o Sertão de São Francisco e o Agreste Setentrional, como Pau Branco, Entremontes, Engenho Camacho, Serrinha, Boa Vista, Abóboras, Parnamirim e Caicara, o pior entre eles. Araripina, no Sertão; Jucazinho e Serro Azul, no Agreste; e Carpina e Goitá, na Mata Norte, estão abaixo dos 30% da capacidade. Já Sirigi e Tiúma, na Mata Norte, e Tapacurá e Duas Unas, na RMR, estão acima dos 80%.
Ouça a matéria do repórter Lucas Arruda no 'Play' acima
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