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MPPE denuncia médico por morte de paciente que fez 'harmonização de bumbum'


Por: REDAÇÃO Portal

Marcelo Alves Vasconcelos foi denunciado à Justiça por homicídio qualificado

28/05/2025
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Marcelo Alves Vasconcelos foi denunciado à Justiça por homicídio qualificado

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O médico Marcelo Alves Vasconcelos foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por homicídio qualificado após a morte da comerciante Adriana Barros Lima Laurentino, de 46 anos, que se submeteu a um procedimento conhecido como "harmonização de bumbum" por R$ 21 mil. Marcelo foi o responsável pela intervenção, realizada no último mês de janeiro. 

O procedimento foi feito com polimetilmetacrilato (PMMA), não recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fins estéticos. Adriana faleceu duas horas após a intervenção, tendo sido encontrada morta no banheiro de casa por familiares. Depois de ser liberada pela clínica Bodyplaplastia, onde o serviço estético aconteceu, Adriana se queixou de dores intensas.

No inquérito instaurado pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), as investigações apontaram que Adriana morreu de embolia pulmonar. Ela também sofreu infecção generalizada (choque séptico) provocada por uma infecção urinária anterior que foi agravada pelo procedimento médico.

Ainda segundo o inquérito, o médico Marcelo Alves, que à época não tinha inscrição no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), sabia do que o produto poderia causar no corpo da vítima e não solicitou exames que comprovassem a segurança da intervenção ou a identificação do diagnóstico de infecção urinária.

O que diz a defesa

Até o fechamento desta reportagem, a defesa do médico não se pronunciou sobre a denúncia oferecida pelo Ministério Público à Justiça. À época, em nota à imprensa, a defesa havia dito que "Marcelo sempre agiu diligentemente, seguindo os padrões preconizados pela boa técnica, mas que infelizmente intercorrências cirúrgicas podem ocorrer. Todas as pacientes do Dr. Marcelo assinam um termo de consentimento livre e esclarecido para a possibilidade de ocorrer um evento adverso, que pode ser uma complicação ou intercorrência. (...) Todas as etapas do procedimento cuidadosamente planejadas e executadas, seguindo os mais rigorosos padrões de segurança e qualidade".

Sobre a inscrição no Cremepe, ainda em janeiro, a defesa de Marcelo disse que ele possuía iscrição ativa no Estado do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, e que aguardava a liberação do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco para ter o registro de Pernambuco. 

Fiscalização

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pactuou um Termo de Cooperação Técnica com conselhos e agências de regulação, para fiscalizar a atuação sanitária e ética dos serviços de estética oferecidos no Estado. A principal preocupação é o exercício ilegal da atividade e a presença de pessoas não habilitadas, além da ausência de definição precisa sobre o que é ato invasivo - realizável apenas por profissional médico.

O termo foi firmado com a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa); os conselhos regionais de Medicina (Cremepe), Odontologia (CRO-PE), Farmácia  (CRF-PE), Biomedicina (CRB2) e Enfermagem; com as vigilâncias sanitárias do Recife (VISA Recife) e de Jaboatão dos Guararapes (VISA Jaboatão dos Guararapes); e com a Delegacia do Consumidor (Decon).

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