MPPE expede recomendações que considerem o princípio da laicidade em unidades prisionais e de saúde do Estado
Dentre as recomendações, a criação de espaços neutros para celebrações coletivas e ações informativas para promover o direito à liberdade religiosa e combater a intolerância.

Foto: Reprodução/G1
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu recomendações às Secretarias Estaduais de Saúde, de Justiça e Direitos Humanos e Executiva de Ressocialização. O objetivo é garantir a observância do princípio da laicidade do Estado dentro das unidades de saúde estaduais e das unidades prisionais, especialmente no Complexo Prisional do Curado, no Recife.
Com relação à assistência religiosa, o MPPE recomendou ao poder público criar procedimentos padronizados para identificar as pessoas hospitalizadas ou privadas de liberdade que desejam receber essa assistência, inclusive, se for o caso, com a anuência da família quando o paciente hospitalizado não puder exprimir consentimento. Além da criação de espaços neutros para celebrações coletivas e ações informativas para promover o direito à liberdade religiosa e combater a intolerância.
Os gestores das unidades de saúde e prisionais devem estabelecer procedimentos operacionais padronizados para o cadastramento e atuação de grupos voltados à prestação de assistência religiosa; promover a busca ativa por entidades ou representantes de denominações religiosas não hegemônicas, a exemplo das religiões de matriz africana, indígena, judaica, islâmica, budista, dentre outras; e iniciar ações informativas e educativas, juntamente com grupos de pesquisa e universidades, para a qualificação dos gestores e servidores dos sistema prisional e de saúde de Pernambuco.
A recomendação direcionada à Secretaria Estadual de Saúde após uma manifestação apresentada ao MPPE sobre prática de violência emocional em razão da tentativa de proselitismo religioso no Hospital Maternidade do IMIP. Conforme a recomendação, a investigação inicial do IC foi ampliada a fim de verificar o atual estágio da observância do princípio da laicidade nas unidades hospitalares.
Já a recomendação direcionada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e à Secretaria-Executiva de Ressocialização considerou o acompanhamento e a fiscalização, de forma continuada visando a garantia da laicidade institucional nas unidades prisionais integrantes do Complexo Prisional do Curado e a garantia do direito das pessoas privadas de liberdade nas referidas unidades prisionais à livre expressão de consciência e crença.
As publicações conferiram prazo de dez dias para manifestação expressa sobre as medidas propostas.
As recomendações foram publicadas integralmente nas edições do Diário Oficial do MPPE dos dias 18 e 20 de dezembro de 2023.
Ouça a nota da repórter Clara dos Anjos clicando no play acima.
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