Nome de Ariano Suassuna vai para Livro do Panteão dos Heróis e das Heroínas de Pernambuco

O escritor Ariano Suassuna será inscrito no Livro do Panteão dos Heróis e das Heroínas de Pernambuco, que registra o nome das pessoas que contribuíram para a formação da identidade do estado. A decisão de incluir Ariano foi aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).  

O livro também tem o objetivo de destacar o trabalho das personalidades que  defenderam os direitos humanos e lutaram por democracia e justiça social em Pernambuco. Alguns dos outros nomes presentes são o de Eduardo Campos, Miguel Arraes e Bárbara de Alencar. 

A proposta de incluir Ariano Suassuna no livro partiu do deputado Sileno Guedes, que justificou a escolha afirmando que o escritor “deixou como legado a sua crítica social afiada e sua imensa produção intelectual que tem rebatimentos não só na cultura, mas em muitas outras áreas, inclusive na política”. 

Quem foi Ariano Suassuna 

Ariano é conhecido, principalmente, pela obra “Auto da Compadecida” (1955). O escritor também  foi um dos fundadores do Teatro Popular do Nordeste, além de ter promovido o Movimento Armorial, que valorizava as expressões artísticas populares. Em 1993, foi eleito para a cadeira 18 da Academia Pernambucana de Letras. De 1990 até o ano de sua morte (2014) passou a ocupar a cadeira 32 da Academia.

Ele também foi secretário de Educação e Cultura do Recife (de 1975 a 1978), secretário de Cultura de Pernambuco (de 1994 a 1998 e de 2007 a 2010) e secretário da Assessoria Especial do governador Eduardo Campos (de 2011 a 2014). Em 2011, foi nomeado presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), ao qual era filiado desde 1990.

O escritor nasceu em João Pessoa, em 16 de junho de 1927, e morreu no Recife, em 23 de julho de 2014. 

Ouça a nota da repórter Aline Melo no 'Play' acima.