“Nós precisamos defender a vida em todas as circunstâncias”, argumenta Michele Collins
Em debate com a vereadora sobre a interrupção na gravidez da menina de 10 anos, a coordenadora do programa Direito da Criança e do Adolescente defende que a Lei seja cumprida para preservar a saúde física, sexual e emocional da criança

Foto: Reprodução/Internet
Nesta segunda-feira (17), a vereadora, Michele Collins (PP), e a coordenadora do programa Direito da Criança e do Adolescente do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (CENDHEC), Katia Pintor, estiveram no programa CBN Recife para discutir sobre o caso da menina de 10 anos, que veio ao Recife neste domingo (16) para realizar a interrupção da gravidez, após ter sido estuprada pelo tio. A presença da criança no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), onde foi realizado o procedimento, causou mobilização em frente à unidade de grupos a favor e contrários ao aborto, contrariando recomendações das autoridades sanitárias para evitar aglomeração por conta da pandemia do coronavírus.
Durante o debate, a vereadora do Partido Progressista destacou que compareceu ao hospital para entender o porquê da criança ter vindo à capital pernambucana, ao invés de ter realizado o procedimento na sua cidade natal. Ela ressalta que o caso caiu de paraquedas no estado e é preciso investigar o que aconteceu para tomar as devidas providências. “Ontem, eu entrei em contato com o Ministério Público, entrei em contato com várias autoridades, ninguém de Pernambuco sabe de nada sobre esse caso”, aponta Michele. Ainda de acordo com ela, o nosso papel do estado é de proteger as vidas de todas as crianças e todos os adolescentes, independente se elas estejam no ventre ou não. “Nós precisamos defender a vida sempre, em todos os sentidos, em todas as circunstâncias, até o fim nós precisamos defender”, afirma Collins.
Já Kátia Pintor destacou que a legislação brasileira garante o aborto desde 1940, com três prerrogativas para a interrupção da gravidez: em caso de violência sexual de meninas e mulheres; quando a gestante corre o risco de morte; quando o feto sofre de anencefalia. Ela ressalta que, no caso da criança de 10 anos, ela atende duas das três prerrogativas, já que foi abusada sexualmente e apresenta uma gravidez de risco, podendo chegar a óbito. “A gente está aqui, sobretudo, para defender que a Lei seja cumprida neste país, a gente quer parabenizar a justiça que foi rápida na definição e também parabenizar a equipe do Cisam que foi excepcional no atendimento dessa menina. Precisamos entender o que significa levar adiante uma gravidez para uma criança de 10 anos, que foi abusada há 4 anos por próprio familiar, o que é que significa isso na vida da criança? do ponto de vista físico, sexual e emocional”, questiona a coordenadora.
Confira outras informações no debate completo de Michele Collins com Katia Pintor, disponível no play acima.
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