Ocupantes de prédio-caixão condenado em Olinda são retirados em operação com a PM

Após decisão judicial, a Prefeitura de Olinda promoveu uma ação para retirar os ocupantes de um prédio-caixão com risco de desabamento no Núcleo Habitacional Rio Doce 4, na manhã desta quinta-feira. Os proprietários do imóvel já saíram do local há cerca de 9 meses, mas outras famílias aproveitaram a evasão e ocuparam o prédio há aproximadamente 5 meses. 

A operação da prefeitura contou com a Polícia Militar, a Defesa Civil e com oficiais de Justiça, que entraram no prédio para ajudar a retirar os ocupantes. Também foram enviados caminhões para retirar os móveis dos apartamentos. A estimativa é de que 20 famílias estavam no local. 

O prédio em questão fica localizado na quadra 13 do bloco E do conjunto habitacional. A ordem de retirada foi da desembargadora Andréa Epaminondas Tenório de Brito, já que o imóvel é considerado com alto risco de desabamento. 

O oficial de justiça José Roberto Araújo explicou o motivo da decisão: “O prédio pode cair a qualquer momento e todas as pessoas que estão ocupando correm risco de vida. Então foi uma ordem judicial com cumprimento de urgência”. 

Procurada pela CBN Recife, a Prefeitura de Olinda informou que a ação de reintegração de posse foi uma solicitação da SulAmérica, que é a seguradora responsável pelo imóvel. Portanto, fica como responsabilidade da gestão municipal apenas o acolhimento em abrigos e o transporte dos pertences. No entanto, a prefeitura alega que os desabrigados afirmam que possuem casas de parentes para ficar e que rejeitaram o espaço oferecido pelo município .  

Confira a nota na íntegra: 

A Prefeitura de Olinda informa que recebeu uma determinação judicial e vem garantindo apoio a uma ação de reintegração de posse solicitada pela SulAmérica, seguradora responsável pelo imóvel. Por se tratar de uma ação privada, cabe ao município o acolhimento em abrigos e o transporte de utensílios para os locais indicados pelos moradores.

A gestão esclarece que é responsável pela questão de mudança dos moradores e oferta de abrigo. No entanto, os desabrigados rejeitaram o espaço oferecido pelo município, alegando que possuem casas de parentes para ficar. 

O município de Olinda reafirma que a ação é privada e cumprirá nos exatos termos da decisão judicial. Informamos também que foi feito um relatório do prédio, com todas as informações das famílias: quantidade de moradores, se recebem algum benefício, etc. 

Como dificultador da operação, alguns cidadãos estão se aproveitando da situação para dizer que moram no local, com o objetivo de conseguir os benefícios oferecidos.