Operação resgata 301 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil em Pernambuco
298 crianças trabalhavam com tarefas que estão inseridas na "Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil"
Foto: MTE
O Grupo Móvel de Fiscalização do Trabalho Infantil, que faz parte do Ministério do Trabalho e Emprego, resgatou 301 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Agreste de Pernambuco. A equipe de fiscalização afirma que, dos 46 estabelecimentos identificados, mais de 90% eram do setor têxtil. As roupas, inclusive, eram vendidas a baixos preços.
Ao todo, 298 crianças trabalhavam com tarefas que estão inseridas na "Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil". Já outras três vítimas tinham menos de 16 anos e não poderiam estar trabalhando. O resgate contemplou 41 crianças com menos de 11 anos, 62 adolescentes de 12 e 13 anos e 198 com idades de 14 a 17 anos. Do total, 70% eram meninos e 30% eram meninas.
A coordenadora da operação de resgate, Paula Neves, afirma que as condições de trabalho ainda eram precárias: "Tinham crianças trabalhando em máquinas de moer carne, enquanto o pai estava ao lado orientando. Outros trabalhavam com altos níveis de poeira e em ambientes extremamente insalubres e perigosos".
De acordo com os Auditores Fiscais do Trabalho, crianças com menos de 16 anos foram imediatamente afastadas do trabalho, mas devem receber o pagamento da rescisão. Já para os adolescentes com 16 e 17 anos foi determinado que tenham a função modificada para uma que não ofereça riscos.
Além disso, para garantir que não continurão em situação de trabalho infantil, as crianças e adolescentes identificados pela operação serão encaminhados à rede de proteção à infância e à adolescência para inclusão em políticas públicas de proteção social, saúde e educação. Inclusive, os adolescentes com mais de 14 anos foram inseridos em programas de aprendizagem profissional.
Os municípios fiscalizados foram: Caruaru, Toritama, São Caetano, Taquaritinga do Norte, Brejo da Madre de Deus, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe e Cupira. O trabalho contou também com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Ouça a matéria da repórter Aline Melo no 'Play' acima.
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