Pernambucana é a primeira pessoa do mundo a ser reconhecida como “intersexo” no registro de nascimento
Termo faz referência a uma condição genética que causa alterações hormonais
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Foto: Acervo Pessoal
Segundo a Associação Brasileira de Intersexos (Abrai), a pernambucana Céu Albuquerque, de 32 anos, é a primeira pessoa do mundo a ser reconhecida como “intersexo” na certidão de nascimento. Ou seja, no registro consta que ela nasceu com Hiperplasia Adrenal Congênita, uma condição genética que causa uma genitália ambígua no corpo.
Céu é jornalista, nasceu em Recife, mas mora em Olinda. Ela conta que após o seu nascimento, foi realizado um exame de cariótipo para identificar se os cromossomos presentes em seu DNA é XX, referente ao sexo feminino, ou XY, referente ao sexo masculino. Até que o resultado do exame fosse disponibilizado, a pernambucana relata que passou 6 meses sem certidão de nascimento:
“Eu fiquei 6 meses sendo uma pessoa não existente para o sistema. Durante esse tempo, eu não tinha direito a nada, já que não tinha certidão de nascimento”.
Com o resultado do exame, que identificou os cromossomos XX em seu DNA, Céu foi registrada na certidão de nascimento com o gênero feminino. Ao completar 1 ano de idade, ela foi submetida a uma cirurgia de redesignação sexual, considerada uma forma de mutilação, como detalha a pernambucana: “Passei por uma mutilação genital, em que foi realizada uma amputação quase total da genitália ambígua. Depois, eu passei por mais sete cirurgias para tentar reverter a situação, mas não deram certo, já que não tem como recuperar um órgão que foi retirado”.
Em 2021, Céu deu entrada no processo para retificação do seu registro de nascimento. Em fevereiro deste ano, o documento reconheceu a condição de intersexo. Para a pernambucana, a conquista é o primeiro passo para que todos os bebês que nascem com Hiperplasia Adrenal Congênita sejam registrados como intersexo e não tenham os seus órgãos retirados.
Ouça a matéria da repórter Aline Melo no 'Play' acima.
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