A organização social é responsável por firmar contratos com a gestão estadual para gerir hospitais e Upas importantes do estado
Foto: Polícia Federal/Divulgação
A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou a operação "Clã", para investigar desvios de recursos públicos e irregularidades na execução de contratos entre a Secretaria Estadual de Saúde, durante a gestão de Paulo Câmara (PSB), e a Fundação Martiniano Fernandes, uma organização social suspeita. O acordo investigado foi firmado pelo governo com a organização social ligada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) para a gestão do Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife. Entre os crimes suspeitos, estão superfaturamento, ocultação de valores, execução fictícia de serviços e contratação direcionada de prestadores de serviços.
Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em endereços no município do Recife, Olinda e Paulista e no município de Aracaju/SE. São investigados os crimes de peculato, organização criminosa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. As irregularidades teriam ocorrido em contratos de serviços terceirizados, como de limpeza hospitalar e fornecimento de comida. O nome das empresas, não foi divulgado.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Orlando Neves, duas pessoas foram afastadas das funções, tendo conexão com a gestão do Imip.
O valor do contrato firmado pela Fundação Martiniano Fernandes com uma das empresas investigadas é superior a R$ 89 milhões e segundo o superintendente da Controladoria Geral da União, José William da Silva, os contratos têm sobrepreço.
Por meio de nota, o Imip informou que todos os esclarecimentos estão sendo prestados à Polícia Federal e à Controladoria Geral da União. Que não administra nenhuma outra unidade de saúde hospitalar. Ainda em nota, o Instituto destaca que aguarda brevemente o esclarecimento e segurança quanto ao resultado da apuração dos fatos.
O Governo de Pernambuco também se posicionou através de nota, informando que está apoiando e auxiliando na Operação, com determinação da governadora Raquel Lyra, de colocar a Secretaria de Controladoria-Geral do Estado (SCGE) à disposição das investigações.
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