Polícia investiga assassinato do juiz Paulo Torres, em Jaboatão; CNJ acompanha desdobramentos do caso
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se solidariza com familiares, amigos e toda a magistratura pernambucana frente ao assassinato do Juiz Paulo Torres Pereira

Foto: Reprodução/G1
A Polícia Civil de Pernambuco investiga o assassinato do juiz de direito Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos, morto a tiros em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, na noite desta quinta-feira (20). Segundo testemunhas e a própria investigação, o magistrado conduzia seu carro, quando foi cercado por criminosos em um veículo do modelo Ônix, de cor vermelha. A polícia acredita que o veículo tinha entre três a quatro homens,tendo parte deles descido encapuzado do carro e atirado contra o juiz e após isso se evadido do local. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionada, mas constatou a morte do juiz. A informação inicial é que ele tenha sido atingido por um único tiro. Câmeras de segurança de uma casa vizinha ao local do crime estão sendo utilizadas para auxiliar nas investigações. Nenhuma linha de investigação está sendo descartada neste momento, mas nada do juiz foi levado pelos criminosos. O veículo do juiz foi encaminhado para Unidade de Tratamento e Oficina da Polícia Civil, no Recife, para ser periciado. Ninguém foi preso até o momento. Paulo Torres tinha mais de 30 anos de magistratura e atuava na 21ª Vara Cível do Recife, além de trabalhar como desembargador substituto.
O assassinato do juiz tem repercutido desde a noite de ontem. Por nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) afirmou: "Conhecido como Paulão, o magistrado era muito querido por todos que fazem o judiciário pernambucano. Tinha 69 anos e era juiz há quase 34 anos. O Tribunal está entrando em contato com as autoridades policiais de Pernambuco e prestará todo o apoio necessário para o rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados".
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, também lamentou a morte do juiz, a qual classificou como covarde e afirmou que o CNJ vai acompanhar os desdobramentos da morte de Paulo Torres. A Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE) manifestou repúdio e indignação à violência que culminou na morte do magistrado. A reportagem procurou a Polícia Civil, que informou que só vai se manifestar após as diligências iniciais.
Confira na íntegra as notas emitidas pela morte do juiz Paulo Torres:
NOTA DO TJPE
"Com profundo pesar, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informa que o juiz de direito da 21ª Vara Cível, Paulo Torres Pereira da Silva, foi assassinado na noite desta quinta-feira (19-10), em Jaboatão dos Guararapes. Conhecido como Paulão, o magistrado era muito querido por todos que fazem o Judiciário pernambucano. Tinha 69 anos e era juiz há quase 34 anos. Em várias oportunidades atuou como desembargador substituto. O Tribunal está entrando em contato com as autoridades policiais de Pernambuco e prestará todo o apoio necessário para o rápido esclarecimento do crime e a responsabilização dos culpados. Que Deus conforte os corações de familiares, parentes e amigos."
NOTA DO MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO
"Tomei conhecimento do assassinato covarde do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, que atua na primeira instância no Recife (PE). Conversei com o presidente do Tribunal de Justiça do estado, que está em contato com as autoridades locais para apuração célere do episódio e a devida punição dos envolvidos. O Conselho Nacional de Justiça acompanhará os desdobramentos para garantir que a Justiça seja feita. Em nome do Poder Judiciário, presto solidariedade à família e aos amigos.
Luís Roberto Barroso,
Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça"
NOTA DA AMEPE
Com imenso pesar, a Associação dos Magistrados de Pernambuco AMEPE tomou conhecimento do assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, na noite desta quinta-feira (19). A Diretoria da entidade presta a sua solidariedade a todos os familiares e amigos, e também manifesta repúdio e indignação à violência que culminou na morte do magistrado.
A AMEPE está acompanhando o caso junto às autoridades competentes e espera uma investigação célere sobre as circunstâncias que ocasionaram a morte do magistrado, com a punição dos responsáveis com o rigor da lei.
NOTA DO MPPE
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se solidariza com familiares, amigos e toda a magistratura pernambucana frente ao assassinato do Juiz Paulo Torres Pereira da Silva, titular da 21ª Vara Cível da Capital, ocorrido na noite desta quinta-feira (19/10). O MPPE está em contato com as autoridades competentes para contribuir com o esclarecimento do crime e a responsabilização dos autores.
Informações com a repórte Ana Júlia Duarte
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