Economia
Produção da Indústria de PE registra alta de 1,8%
Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, do IBGE, aponta para o estado, o melhor resultado do Nordeste e terceiro lugar no ranking do Brasil
Foto: CNI/ Divulgação
A indústria pernambucana, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados de setembro, apresentou o maior crescimento do Nordeste no acumulado do ano, repetindo a posição apresentada em agosto. A alta de 1,8% da soma dos nove meses é o dobro do resultado acumulado até agosto (0,9%) e também é a terceira melhor performance do Brasil. Enquanto isso, o Brasil ainda acumula perdas de -7,2% no ano.
Com análise setorial para o recorte, Pernambuco registra a liderança nacional no crescimento acumulado de 2020 em dois segmentos: Indústria de Bebidas (+4,4%) e Indústria de Borracha e Material Plástico (+8,9%). Estes setores juntos representam 10,2% do Valor de Produção da Indústria de Transformação de Pernambuco.
Também de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, no comparativo entre setembro de 2020 e o mesmo mês de 2019, o crescimento da indústria de Pernambuco atingiu 7,5%, sendo o 4º mês consecutivo de alta utilizando essa base comparativa. Para se ter ideia do resultado, 10 dos 12 setores pesquisados em PE registraram dados positivo em setembro/20 contra setembro/19, com liderança do setor de borracha e material plástico (+19%), o maior crescimento mensal do setor no país.
“O resultado consolida as ações implementadas pelo Governo do Estado para o setor industrial desde que a pandemia se instalou. Assumimos a missão de não paralisar as atividades industriais, acrescentamos o fortalecimento da cadeia de distribuição, direcionamos parte da atividade para novas demandas e a indústria se organizou, formou estoques e se reprogramou. Tanto que, ainda que seja um ano de pandemia, nossos indicadores estão bem superiores aos registrados pela indústria no ano passado”, reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach.
Já setembro, quando comparado a agosto, no entanto, a pesquisa apontou queda de -1,3% na passagem. O dado aponta para uma perda de fôlego na recuperação da atividade industrial, que, de acordo com o gerente de Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Desenvolvimento, Marcelo Freire, é algo natural, já que Pernambuco vinha em níveis altos de aceleração. “Conforme o setor passa a crescer expressivamente, sendo mantidos os fatores de produção fixos, a tendência é que haja uma desaceleração no crescimento mensal. Outro fator que pode explicar a redução é a perda da força do auxílio emergencial no poder de compra da população, atingido a camada da indústria (produção), principalmente a de alimentos”, detalhou.
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