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Recife aparece como a segunda pior no Mapa da Desigualdade entre as Capitais do Brasil

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Por: REDAÇÃO Portal

A pontuação máxima possível era a de 1.040. O Recife, no entanto, obteve apenas 392 pontos

 A pontuação máxima possível era a de 1.040. O Recife, no entanto, obteve apenas 392 pontos

Foto: Reprodução/TV Globo

27/03/2024
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) apontou que Recife é a segunda pior no Mapa da Desigualdade entre as Capitais do Brasil. O estudo levou em consideração quesitos como educação, saúde, violência e meio ambiente, entre os 40 indicadores sociais que são avaliados pelo estudo, realizado nas 26 capitais brasileiras.  

Para estabelecer o ranking, foram atribuídas notas para cada fator avaliado. A pontuação máxima possível era a de 1.040. O Recife, no entanto, obteve apenas 392 pontos. Porto Velho ocupa a última posição do ranking sendo a pior no Mapa da Desigualdade. Já Curitiba aparece como a melhor colocada, atingindo 677 pontos. 

Para o cientista político Thiago Modenesi, os dados divulgados na pesquisa não são novidade. De acordo com o especialista, desde 1991 Recife se configura como uma das cidades mais desiguais do Brasil, índice que se agrava de 2001 a 2010 e recua em 2022, quando a cidade deixa de ser a segunda e passa a ser a sexta mais desigual do Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cientista ressalta que os problemas de infraestrutura e moradia na periferia, por exemplo, são os principais fatores que influenciam a má situação do Recife. “Os mais pobres e mais carentes vivem na periferia em condições praticamente sub-humanas, sem saneamento básico, sem estrutura, sem segurança e sem habitação de qualidade. É um absurdo que, em pleno 2024, Recife ainda ostente índices tão baixos de saneamento básico resolvido, de moradia, de qualidade digna e de distribuição de renda”, ressaltou o especialista. 

Por nota, a Prefeitura do Recife afirmou: 

"A Prefeitura do Recife informa que o Mapa da Desigualdade entre as Capitais - realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) - faz uso de metodologia desenvolvida pelo próprio ICS, enquanto que a principal referência nacional e internacional para a medição da desigualdade é o Índice de Gini, que avalia a disparidade de renda em uma dada população. E, de acordo com esse parâmetro, o Recife registrou a menor desigualdade desde 2012, saindo do 2º lugar para a 12° colocação, desde 2021. Utilizando-se os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Contínua - do IBGE em sua versão anual, o município apresentou uma queda de 4% na desigualdade de renda em 2022 (o índice foi reduzido de 0,576 para 0,553). Também utilizando-se a PNAD contínua como referência, comparando os dados de 2021 com o último trimestre de 2023, vê-se que o Recife reduziu sua desigualdade em 6% (0,547).
A Prefeitura informa, ainda, que o Mapa da Desigualdade leva em consideração 40 indicadores provenientes de várias fontes que retratam o cenário de diversos anos do município - indicadores estes que estão defasados e variam entre 2013 e 2023. Ainda sobre a metodologia adotada para o ranking, as informações fornecidas pelo ICS no estudo são derivadas de uma técnica estatística única, o “desigualtômetro”. Segundo o Instituto, “o cálculo do desempenho geral considerou a classificação ou ranqueamento das capitais em cada um dos indicadores. Para esse propósito, foi adotado um sistema de pontos, no qual 26 pontos foram atribuídos ao primeiro lugar, 25 ao segundo e assim por diante. No entanto, quando duas ou mais capitais obtiveram o mesmo valor em determinado indicador, os pontos atribuídos foram ponderados”. 
Porém o mapa não informa a variável adotada para cálculo de cada indicador, apontando somente a fonte de dados de forma ampla. A Prefeitura tentou localizar os documentos técnicos para a reprodutibilidade do cálculo que embasa o ranking das capitais e o método para ponderação, mas não identificou acesso público a qualquer nota metodológica que elucidasse o cálculo realizado".

Ouça a matéria da repórter Aline Melo no 'Play' acima. 

 

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