Recife: Samu atende a mais de sete mil sinistros de trânsito com moto em 2024
O número é 14% maior que o registrado em 2023

Foto: Andréa Rêgo Barros/Arquivo PCR
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu, somente no Recife, em 2024, a 7.114 sinistros de trânsito envolvendo motocicletas. O número é 14% maior que o registrado em 2023, e a tendência não é de queda. Do dia 30 de dezembro até 1º de janeiro de 2025, foram 169 atendimentos a essa modalidade no Grande Recife.
O alto índice de motociclistas vítimas de sinistros de trânsito na RMR acompanha dois elementos: o crescimento da frota de motos, que de acordo com dados estaduais, já ultrapassava 163,4 mil veículos em 2023; e a falta de educação no trânsito, onde diariamente é possível acompanhar episódios de hostilidades e imprudências - não somente dos motociclistas. A ausência de regulamentações para o uso correto de aplicativos de transporte se une a esses fatores.
O diretor médico do Samu Recife, João Paulo Martins, fala que, para além do número de ocorrências, a gravidade das lesões é um ponto que chama a atenção.
“Geralmente são vítimas que têm traumas de extremidades, como fraturas em pernas e em braços, que muitas vezes podem causar deformidades permanentes. Sem contar com as situações mais graves, como os motociclistas que andam sem capacete e terminam apresentando algum traumatismo craniano - o que pode levar a um risco de vida. Temos óbitos relacionados aos acidentes que, muitas vezes, estão relacionados à forma de dirigir, que é pouco defensiva”, declarou.
João Paulo Martins reforça que os serviços de emergência do Grande Recife, que já enfrentam sobrecarga, estão sendo ainda mais pressionados com o alto número de vítimas de sinistros de trânsito envolvendo motocicletas.
“Esses hospitais estão repletos de pacientes que precisam ser tratados em consequência desses acidentes. São aqueles pacientes com fraturas de membro inferior, fraturas expostas que necessitam de cirurgia de urgência, pacientes com traumatismo cranioencefálico que vão ficar dias internados, necessitando de ambiente de UTI, de cirurgias. Então, isso significa, sim, um impacto para os serviços de saúde”, finalizou.
Realidade que poderia ser evitada com o mínimo de paciência e prevenção na maioria dos casos, mas que agora, para além de um problema de mobilidade, também é um desafio de saúde pública em Pernambuco.
Reportagem - Lucas Arruda
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