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São João do Recife: a força do período junino na terra do frevo e do carnaval

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Por: REDAÇÃO Portal

Para alguns recifenses, o período junino é apenas o ápice de meses de preparação

06/06/2025
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Para alguns recifenses, o período junino é apenas o ápice de meses de preparação

Foto: Edson Holanda/PCR

Recife é a terra do frevo e do Carnaval, mas quando a Quarta-Feira de Cinzas passa, os pernambucanos se unem em uma só voz: “chega São João!”. E na verdade, para alguns recifenses, o período junino é apenas o ápice de meses de preparação. 

Como para os integrantes da Quadrilha Lumiar, supercampeã do Concurso de Quadrilhas Juninas Adultas do Recife, que já começam a pensar no ano seguinte assim que a competição acaba. É o que conta o diretor Fagner Valadares.

“A gente se encontra, faz reuniões semanais, faz toda a pesquisa de campo para criar um processo fundamentado. Após essa etapa, a gente começa a dialogar sobre figurino, sobre a produção do espetáculo e como a quadrilha vai se comportar dentro do ano letivo. Ou seja, seremos uma quadrilha mais tradicional ou mais recreada? Então, a Lumiar traz essa característica artística dentro do processo junino, onde temos a liberdade de ousar a dentro dos nossos espetáculos”, conta.

Foto: Marcos Pastich/PCR

E o reflexo desse verdadeiro espetáculo se percebe no público, que anualmente lota o Sítio Trindade, na Zona Norte do Recife, para ver as apresentações das quadrilhas. 

Estratégia

Apesar das festividades na capital pernambucana e no Grande Recife, há quem prefira prestigiar os festejos em cidades do interior, como Caruaru e Bezerros, localizadas no Agreste de Pernambuco. Mas de acordo com o presidente da Fundação de Cultura do Recife, Marcelo Canuto, uma estratégia tem revertido essa prática.

“Nos últimos três anos, o Recife tem apostado em um modelo de festa que tem sido muito bem avaliado pela população. Temos o tradicional Sítio da Trindade, com o palco principal, onde passaram os grandes nomes do nosso forró, e a sala de reboco, com trios pé de serra e grupos tradicionais”, detalha.

Ainda segundo Canuto, para 2025, a expectativa é de conseguir atrair quase 1 milhão de participantes nos 17 dias de festa, gerando uma movimentação econômica de R$ 20 milhões.

“A programação do Ciclo Junino do Recife tem um destaque especial para o que é genuinamente nosso. Nossa música, nosso forró, nossa culinária. O São João do Recife é tradição”, reforçou.

Além do Sítio Trindade, a capital pernambucana conta com polos nos bairros, no Pátio de São Pedro, e na Avenida Rio Branco, que dá acesso ao Marco Zero - um dos pontos turísticos mais visitados na cidade. O local se transforma em uma verdadeira Vila Junina revestida de beleza e sonorizada com muito forró.

Foto: Marcos Pastich/PCR

Tradição

Falando dos ritmos juninos, para um dos seus representantes mais importantes, ‘Santanna, o Cantador’, o São João do Recife é o mais autêntico do Brasil por preservar a tradição.

“A festa junina nordestina se tornou a maior festa brasileira porque ela conserva as coisas da tradição dos ancestrais, e isso torna ela diferente do resto das festas pelo mundo. Quando você é diferente, rapidamente você é anotado. Então nós, enquanto nação nordestina, temos uma identidade fortíssima que nos difere”, afirmou.

Foto: Marcos/Pastich

Da quadrilha ao arrasta pé, do Sítio Trindade à Avenida Rio Branco, os recifenses celebram o período junino que é baseado na tradição e na riqueza da cultura - capazes de fazer do Carnaval ao São João um espatáculo à parte na capital dos pernambucanos.

Sonorização: Lucas Barbosa

Edição de Texto: Daniele Monteiro

Produção: Maria Luna

Reportagem: Lucas Arruda

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