Wellington Dias nega vínculo entre mudança no Bolsa Família e ajuste fiscal

Ministro afirma que redução do tempo de permanência no programa visa incentivar a inclusão econômica e combater a pobreza

16/05/2025

Foto: Artur Ferraz/g1

Durante visita ao Recife, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que a mudança nas regras do Bolsa Família não está relacionada ao ajuste fiscal. A partir de junho, famílias que ultrapassarem o limite de R$ 218 por pessoa na renda mensal poderão permanecer no programa por até um ano, e não mais dois, como era antes. Segundo ele, a medida é estratégica para promover a inclusão social e econômica da população.

O ministro destacou que o novo prazo, que vale apenas para novos beneficiários, é parte de uma política de transição que visa garantir proteção social mesmo após o aumento de renda. “Quando evolui a renda, [...] ali tem uma fase de proteção, de transição”, explicou, citando que mesmo famílias que saem do programa por terem renda acima de R$ 706 per capita permanecem cadastradas para facilitar o retorno, caso necessário.

As declarações foram dadas antes do lançamento do programa “Acredita no primeiro passo”, no Teatro de Santa Isabel. A iniciativa, em parceria com o Banco do Nordeste, oferece crédito para microempreendedores de baixa renda inscritos no CadÚnico. Desde julho de 2023, o programa já beneficiou 28 mil pessoas em Pernambuco, sendo 70% delas mulheres.