Advogado apresenta argumentos que libera Miguel Coelho disputar a eleição em Recife
Caro Elielson,
Dada a repercussão das suas valiosas e colaborativas matérias para a necessária discussão política em nosso Estado e agora com todos os “olhos” voltados para as eleições municipais de 2024 me senti convidado a contribuir com a boa “nova polêmica” em torno de uma possível candidatura de Miguel Coelho à prefeitura do Recife.
De logo, não há o que falar em antecipação de cenários e sim de uma grande oportunidade para debatermos o futuro.
Somos todos sabedores que a figura do prefeito ou prefeita itinerante foi alvo de apreciação do Supremo Tribunal Federal tendo a mais alta corte orientado pela impossibilidade de terceiro mandato em cidades “vizinhas”, próximas ou ainda de mesma região para que seja evitado desequilíbrios ou que os últimos dois mandatos possam influenciar a terceira candidatura municipal.
Entretanto o direito eleitoral tem entre seus encantos a possibilidade da revisão de suas orientações e de colocarmos sempre e sempre as condições de elegibilidade em novos enfrentamentos.
Recentemente o TSE deferiu a candidatura do filho de um prefeito eleito e reeleito que veio óbito no segundo mandato, tivemos ainda o deferimento de um candidato cunhado do prefeito cuja inimizade foi reconhecida como causa a justificar a mitigação da inelegibilidade reflexa.
Exemplos não faltam para servirem de estímulo e entusiasmo para uma pretensa postulação de Miguel Coelho a concorrer à prefeitura do Recife em 2024, afinal, seu know-how político não está mais circunscrito ao Vale do São Francisco, e sob qualquer hipótese não há como enxergar qualquer influência de Petrolina na região metropolitana do Recife o que nos faz recordar ter sido ele o candidato ao governo de Pernambuco mais desconhecido na RMR e também de menor rejeição.
Assim, com todo respeito a quem defenda a impossibilidade dessa especulada candidatura, eu ouso discordar e mais ainda, a esperançar ver a justiça eleitoral deferir um registro de candidatura com essas características e de finalidade única de apresentamos bons nomes.
O crivo final deve sempre competir aos eleitores e a pluralidade de candidaturas é também fortalecer a democracia.
Delmiro Campos foi um dos coordenadores jurídicos da 03 últimas candidaturas de Miguel Coelho, nas últimas eleições municipais atuou em 26 campanhas majoritárias, e dentre as cidades destacamos São Paulo, Recife, Caruaru, Igarassu, Serra Talhada e Petrolina.
Ele é advogado público e privado, especializado em direito eleitoral, um dos coordenadores institucionais da ABRADEP e teve a experiência de ter passado 03 anos como Desembargador Eleitoral em Pernambuco.
