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Compesa faz operação preventiva para identificar vazamentos ocultos no Recife


Por: REDAÇÃO Portal

22/04/2024
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Para tornar mais eficiente a prestação do serviço de abastecimento de água no Recife, a Compesa está executando uma operação preventiva focada em detectar e solucionar vazamentos ocultos (aqueles em que a água não aflora na via). Ao realizar uma varredura nas redes de abastecimento de água em bairros da cidade, com foco na identificação desses vazamentos, a Companhia reforça o seu compromisso com a eficiência operacional e a sustentabilidade ambiental. Desde o início das atividades, em novembro do ano passado, realizadas de segunda a sexta-feira, foram encontrados 479 vazamentos dessa natureza. Com a iniciativa, a Compesa estima que foram economizados cerca de 765 mil metros cúbicos de água, o equivalente a 306 piscinas olímpicas.

 

Do total de vazamentos ocultos pesquisado na capital pernambucana, 381 já foram resolvidos, cerca de 80%. Esse volume de vazamentos não visíveis significa que, sem esse trabalho, o problema só seria solucionado se causasse danos aparentes nas vias, por exemplo. “Essa operação é bastante significante para a Compesa porque ela se antecipa aos vazamentos nas vias, resolvidos antes que sejam percebidos e repassados pela população para as medidas corretivas”, explica Isabelle Crasto, gerente de Unidade de Negócios Centro, unidade da Compesa que está realizando esse projeto piloto. Os bairros beneficiados com essa tecnologia são Afogados, Bongi, Cabanga, Caxangá, Cordeiro, Estância, Imbiribeira, Ipsep, Jiquiá, Madalena, Mustardinha, Boa Viagem, Pina, Prado, San Martin, São José, Torrões e Zumbi.

 

A iniciativa é centrada em uma análise proativa do sistema, que conta com o uso de tecnologia de ponta: o geofone eletrônico. O intuito do equipamento é detectar os menores ruídos provocados por vazamentos sem precisar realizar escavações desnecessárias, o que causa menos transtorno para a população e dá mais celeridade ao processo.

 

“Esta operação preventiva representa um avanço significativo na nossa missão de garantir um serviço de qualidade para a população. Além de contribuir diretamente para a melhoria do abastecimento, estamos também minimizando desperdícios e garantindo uma utilização mais eficiente dos recursos hídricos. É importante ressaltar que essa iniciativa não substitui, mas complementa o trabalho da Companhia, permitindo uma abordagem mais abrangente na detecção de vazamentos. Estamos comprometidos em continuar investindo em tecnologia e inovação para aprimorar ainda mais nossos serviços”, explicou o presidente da Compesa, Alex Campos.

 

As pesquisas nas redes de água estão sendo realizadas por meio de contrato de performance, um modelo diferenciado que atua em várias frentes: além dos combates às perdas comerciais, o contrato, um investimento de R$ 50 milhões (2021 a 2026), atua no trabalho de pesquisa dos vazamentos ocultos e, também, na substituição de trechos de redes que, porventura, apresentem risco de incidência de vazamentos (tubulações antigas). O trabalho tem o objetivo de melhorar o abastecimento, além de reduzir perdas na rede, o que beneficia diretamente os usuários ao contribuir para o cumprimento do calendário e a melhoria na distribuição. A atividade será realizada até outubro de 2026 e a meta da Compesa é que esse trabalho de pesquisa seja renovado anualmente até o término do contrato, vistoriando os 1400 km de redes de distribuição dos bairros contemplados.

 

A PESQUISA - As equipes que realizam o trabalho são divididas em duas duplas: uma formada pelo técnico que opera o geofone e um auxiliar, e a outra por dois auxiliares. Para complementar a análise, os profissionais utilizam também uma haste de escuta. Nesse contexto, vale ressaltar que o uso do equipamento exige uma capacitação específica concedida pela Associação Brasileira de Ensaios Não-Destrutivos (Abendi), sendo uma especialidade difícil de encontrar no mercado. No caso do trabalho em andamento no Recife, o profissional, que veio de São Paulo, possui a certificação nível 2 da entidade.

 

Durante a inspeção, os técnicos combinam uma série de fatores para tornar a busca ainda mais assertiva, a exemplo dos registros de rede para guiar o traçado e do manômetro para medir alterações de pressão da água in loco. Quando um vazamento é confirmado durante a vistoria, as equipes realizam imediatamente o teste com reagente químico para verificar se é água tratada, ou seja, da Compesa. Com a detecção do ponto, os técnicos sinalizam a área e enviam a maior quantidade de informação possível para a equipe de obra, que é acionada para programar e executar o serviço de reparo.

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