Opinião | Aldeia das siglas

Sempre que se fala algo que envolve os partidos políticos brasileiros, naturalmente, nos leva a um caminho extremamente desafiador. Para tanto, basta pensarmos na proliferação dos mesmos nos últimos anos, causando em alguns casos, o encolhimento e até mesmo desaparecimento de siglas partidárias que em um passado não muito distante, exerceram papeis importantes no cenário político nacional, mas não conseguiram resistir à volatilidade do eleitor e com o fim das coligações nas candidaturas proporcionais, restou aos sobreviventes, à federação. Algo que tem sido em alguns casos, verdadeiro pandemônio.
Entendida como o caminho para sobrevivência de alguns partidos, a federação vem ganhando adeptos, não por convicção, mas por conveniência. Mesmo assim, tem se tornado natural à exposição de rusgas entre os federados, afinal, ninguém quer ser índio todos querem ser caciques e na aldeia das siglas, forte é quem tem densidade eleitoral.
Hely Ferreira é cientista político.