Opinião | Eleição antecipada

Embora a época não tivesse idade suficiente para disputar o cargo, desde que foi eleito pela primeira vez prefeito da cidade do Recife, o atual chefe do poder executivo municipal, embora jamais tenha declarado que irá disputar o governo de Pernambuco, se comporta como tal. Amparado nos índices de intenção de votos, segundo todos os institutos de pesquisas que em algum momento aplicaram questionários em Pernambuco, os ventos que balançam o Oceano Atlântico, certamente, estão balançando as decisões que o prefeito terá que tomar no próximo ano, ou seja: renunciar o mandato. Acontece que, renunciar um mandato para disputar outro não é uma decisão tão fácil de ser tomada. Basta lembrar, que do outro lado do Rio Capibaribe tem a atual governadora, que, provavelmente tentará ser reeleita. É aí onde reside o imbróglio. Enfrentar alguém no exercício do cargo requer uma análise acendrada.
Embora as pesquisas apontem até o momento um cenário desfavorável à governadora, tempo para reverter é algo que não lhe falta. Uma coisa é certa: caso realmente a disputa ao governo do Estado seja com os nomes que são postos pela mídia, quem for derrotado, estará perdendo sua invencibilidade. Outro fator que será esmiuçado é quem realmente receberá de maneira oficial, o apoio do Palácio do Planalto. Será que se repetirá o que ocorreu em 2006? Caso se repita, na conjuntura atual, quem sairá perdendo?
Olinda, 5 de julho de 2025.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.