Opinião | Ser ou não ser, ele ou ela. É a questão

Com a passagem da folia de Momo, vem a máxima, "o ano começa depois do carnaval", uma fala que não combina com o termômetro da política, durante o festejo, o enrredo emitiu recados, e os adereços sinalizaram possíveis caminhos.
Com a volta do presidente LULA ao Palácio do Planalto, o estado passou a ter uma importante consonância em considerando os interesses da maioria do povo, algo que vivenciamos no período LULA-EDUARDO, e no centro está o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras.
No período entre 2006/ 2010, o PT estava á frente da gestão na capital, na atual quadra política, o partido do presidente tem 2/3 da representação do estado no senado, em comparação, se observarmos o alcance territorial, ter dois senadores que possam debater e tratar os interesses dos pernambucanos, politicamente em linha com a esplanada e o Planalto é bem estratégico, desde que se tenha projeto.
Mesmo antes do carnaval o PT está no centro do debate, sendo provocado a ter decisão, uma "sangria desatada" sem necessidade, em ser mais amigo dele ou dela, gerando contendas irrelevantes no seio do partido, alimentando a mídia, e pro deleite de aliados e adversários.
Nesse momento o PT, suas lideranças não podem cometer erros do passado, nem tampouco ser induzido a embaraços parecidos com os que ocorreram em 2012, o fundamental nesse momento é extrair o que seja estratégico pra consolidar as condições de reeleição do presidente LULA e de manter com a reeleição do senador Humberto Costa, o tamanho no senado federal.
Pra tanto, o conjunto do partido tem que entender a importância estratégica de termos aqui no estado o apoio abrangente do campo democrático, dos democratas que venham apoiar o LULA e que estejam na mesma fileira pra combater os fascistas que estão do outro lado da calçada, pois é na região nordeste que a força do presidente nos possibilita ampliarmos politicamente e eleitoralmente, bem diferente de outras regiões do país onde temos cenários mais acirrados, correlações de forças desfavoráveis.
No plano de gestão com o LULA na presidência, o PT na cidade do Recife passou a integrar o governo municipal, uma relação política sem novidades, mas com o partido reafirmando acertos de gestões passadas (programa parceria, carnaval multicultural, minha casa minha vida...) na política entre idas e vindas, catapultou as boas relações e ações da gestão municipal, ajudando na captação de recursos.
Com a mesma régua na relação de gestão, a interface construída entre a governadora e o presidente tem possibilitado a captação de recursos que busca tirar do papel ações, projetos que possam melhorar a qualidade de vida dos pernambucanos.
O movimento recente da governadora se filiando no partido da base do presidente LULA, estabelece uma linha de interesses no plano eleitoral, algo que não é uma novidade, na eleição de 2022 em segundo turno, os principais prefeitos do PT apoiaram a atual governadora, e temos quadros petistas na gestão estadual.
Entendendo essa condição nas relações de gestão entre as cidades, o estado e a União, o PT que colabora, necessita ter a sua estratégia ou com certeza "fará parte da estratégia de outros"
ESSA É A QUESTÃO.
Na lógica do mantra "eleição se discute em ano de eleição”, falácia, porém, definição de tática eleitoral e posição programática sim, só na convenção partidária em 2026.
Até lá, vamos compondo com quem se compromete com a reconstrução do país e a defesa da reeleição do presidente LULA.
E no nosso tempo, definiremos o melhor caminho que consolide a nossa presença na chapa estadual com as condições de ocuparmos a cadeira pro senado.
É preciso ser dito:
"No estado de Pernambuco, na cidade do Recife, nós perdemos pra nós mesmos"
LULA
(Uma fala recorrente após a lambança no ano de 2012)
Uma opinião
Aluizio Camilo
Militante político, ex vereador do PT na cidade do Paulista-PE.