Audiência pública realizada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco discute o retorno às atividades escolares presenciais no estado
Especialistas nas áreas da saúde e educação também participaram

O debate sobre o retorno das aulas presenciais em Pernambuco chegou ao Tribunal de Contas do Estado. O órgão realizou uma audiência pública virtual sobre o tema, que tem gerado polêmica entre estudantes, educadores, donos de escolas e pais de alunos. O encontro contou com a participação do presidente do TCE, Dirceu Rodolfo, dos secretários de saúde, André Longo, e de educação, Fred Amâncio, além de representantes de entidades educacionais.
Especialistas nas áreas da saúde e educação também contribuíram. A coordenadora de Doenças Transmissíveis e Análise de Situação de Saúde no escritório da OPAS/OMS no Brasil, Maria Almiron traçou o perfil epidemiológico em Pernambuco. Para ela, mesmo com a tendência de queda nos casos e mortes no estado, o retorno seguro dos estudantes vai depender de alguns fatores, como a solução para as aglomerações no transporte público e o mais importante, a capacidade de reação do estado em um eventual novo surto
O ex-reitor da UFPE e especialista em educação, Mozart Neves, demonstrou preocupação com a desigualdade educacional existente no país, o que de acordo com ele pode aumentar no caso de evasão escolar no mundo pós-covid.
Outros cientistas destacaram que a volta às aulas não se faz segura. Para Ana Brito- pesquisadora da Fiocruz PE, com os dados atuais, ainda não há condições de garantir a segurança sanitária dos estudantes e educadores. Na visão da especialista o caminho é testar em massa a população e o rastrear os contatos das pessoas infectadas. Representantes dos professores também se manifestaram contra a volta às aulas.
O secretário de educação, Fred Amâncio, reforçou que o protocolo sanitário de reabertura que deve ser divulgado nos próximos dias é baseado nos documentos implementados em outros estados e países. A data do retorno presencial, no entanto, ainda não foi definida.
O titular da pasta disse também que mesmo com a reabertura das escolas o ensino a distância deve continuar, já que haverá esquema de rodízio. Segundo Amâncio, os pais é que vão decidir se querem ou não mandar os filhos para as instituições. Para o secretário, a situação é delicada mas é preciso dar a devida importância a área da educação
Confira mais informações na reportagem de Samuel Santos, disponível no play acima.
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