Bolsonaro diz que Brasil pode sair da OMS
Presidente fez críticas ao trabalho da organização na pandemia

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Por Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS) na pandemia e disse que o governo pode deixar a organização que, de acordo com ele, atua "com viés ideológico". No fim de maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país da OMS, congelando repasses que o governo norte-americano faria à entidade.
"E adianto aqui, os Estados Unidos saíram da OMS, e a gente estuda, no futuro, ou a OMS trabalha sem viés ideológico, ou vamos estar fora também. Não precisamos de ninguém de lá de fora para dar palpite na saúde aqui dentro", disse Bolsonaro a jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada, na noite desta sexta-feira (5).
O presidente fez referência à controvérsia causada pelas pesquisas que a OMS conduzia sobre a hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus. "Para que serve essa OMS? A OMS recomendou há poucos dias não prosseguir mais com os estudos sobre a hidroxicloroquina, e agora voltou atrás. É só tirar a grana deles que eles começam pensar de maneira diferente", disse Bolsonaro.
A OMS retomou esta semana os estudos com o medicamento, após aplicar uma suspensão dos testes por 10 dias, depois da revisão de um estudo publicado pela revista médico-científica The Lancet.
A Organização Mundial da Saúde é uma agência internacional especializada em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU). Sua sede é em Genebra, na Suíça. A OMS é composta por 194 Estados-Membros e dois membros associados. No caso do Brasil, para aderir à organização, o país ratificou internamente um tratado internacional de criação da agência. Uma eventual saída desse tratado teria que passar pelo Congresso Nacional.
Divulgação de balanço
Durante a entrevista, o presidente Jair Bolsonaro também comentou a mudança de horário na divulgação do balanço das infecções e mortes por covid-19, atualizado diariamente pelo Ministério da Saúde. Desde a última quarta-feira (3), a pasta só envia os dados consolidados do dia por volta das 22h. Antes, esse balanço era enviado por volta das 19h.
"É para pegar os resultados mais consolidados e tem que divulgar os mortos do dia. Ontem, os mortos eram de dias anteriores. Se quiser, faz um consolidado para trás, mas tem que mostrar os mortos do dia", disse Bolsonaro, sobre a metodologia de divulgação adotada pelo Ministério da Saúde.
Em comunicado à imprensa, o ministério informou que os números de casos de covid-19 e de mortes causadas pela doença são repassados à pasta pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. O ministério acrescenta que analisa e consolida os dados e que em alguns casos "há necessidade de checagem junto aos gestores locais". "Desta forma, o Ministério da Saúde tem buscado ajustar a divulgação dos dados, que são publicados diariamente na plataforma covid.saude.gov.br", destaca o texto.
Not��cias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 30/07/2025
Entenda a situação de Carla Zambelli após prisão na Itália
Decisão sobre extradição pedida pelo Brasil será da Justiça italiana
- Por REDAÇÃO
- 29/07/2025
Carla Zambelli é presa na Itália, segundo Ministério da Justiça; deputada estava foragida
Ela estava foragida na Itália, desde que foi condenada pelo Supremo...
- Por REDAÇÃO
- 29/07/2025
8/1: Moraes autoriza desconto na pena de condenado por quebrar relógio
Antônio Cláudio Alves Ferreira participou de invasões ao Planalto
- Por REDAÇÃO
- 24/07/2025
Haddad: governo tem plano para socorrer setores afetados por tarifaço
Segundo Haddad, Casa Branca está interditando conversas
- Por REDAÇÃO
- 21/07/2025
Brasil não sairá da mesa de negociação com EUA, diz Haddad
Governo entregará “o melhor resultado fiscal dos últimos 12 anos”
- Por REDAÇÃO
- 18/07/2025
PF cumpre mandados na casa de Bolsonaro; ex-presidente vai usar tornozeleira eletrônica
Ele ainda não poderá se comunicar com o filho, Eduardo Bolsonaro