Chacina de Camaragibe: Justiça solta cinco policiais militares envolvidos no crime
Outros sete PMs já respondiam em liberdade

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu Habeas Corpus, nesta quarta-feira (26), a cinco policiais militares acusados de participar da Chacina de Camaragibe, em setembro de 2023. Sete pessoas foram assassinadas após a morte de dois PMs em confronto com o vigilante Alex da Silva Barbosa, no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, no Grande Recife.
Paulo Henrique Ferreira Dias, Dorival Alves Cabral Filho, Leilane Barbosa Albuquerque, Fábio Júnior de Oliveira Borba e Emanuel de Souza Rocha Júnior são investigados pelo assassinato de três irmãos de Alex. Os agentes estavam detidos há um ano e meio. Os desembargadores Daisy Andrade, Eudes França e Cláudio Jean concederam o Habeas Corpus, por unanimidade, aos policiais presos, sob o princípio da isonomia, observando que os outros sete agentes acusados estão em liberdade.
Dos quatro inquéritos originados do crime, o único que permanece em aberto investiga a morte dos irmãos do vigilante Alex da Silva. Testemunhas de defesa e acusação ainda serão ouvidas, e somente após essa etapa a Justiça deve decidir se os policiais vão a júri popular.
Também na quarta-feira (27), a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) cumpriu sete mandados de busca e apreensão em meio às investigações sobre a Chacina de Camaragibe. Os mandados da Operação Sobejo II foram cumpridos nas cidades de Camaragibe e São Lourenço da Mata, em Pernambuco, e em Maragogi, no estado de Alagoas.
Chacina de Camaragibe
Ocorrida há quase dois anos, a Chacina de Camaragibe teve repercussão nacional. O crime aconteceu após as mortes do soldado Eduardo Roque, de 33 anos, e do cabo Rodolfo José, de 38 anos. Os militares respondiam a uma ocorrência no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, no Grande Recife, quando foram assassinados pelo vigilante Alex da Silva Barbosa, conhecido como Alex Samurai, que efetuou os disparos e fugiu do local.
Horas depois da morte dos policiais, três irmãos de Alex foram assassinados a tiros. As cenas do crime, inclusive, foram transmitidas ao vivo nas redes sociais por uma das vítimas. Já na manhã seguinte, os corpos da mãe e da esposa de Alex foram encontrados em um canavial em Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.
Em março de 2024, os policiais militares que participaram da "caçada" contra Alex viraram réus por triplo homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa das vítimas).
Segundo a última denúncia apresentada pelo MPPE, "os denunciados constrangeram as vítimas com emprego de violência e grave ameaça, causando-lhes sofrimento físico e mental". O texto ainda indica que os "policiais militares se deslocaram até a localidade de Tabatinga, sob o comando, instrução e monitoramento de Oficiais da Polícia Militar, (...) com intuito homicida, em vingança à morte dos dois policiais".
Agora, com o Habeas Corpus concedido pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJPE) aos cinco policiais investigados que estavam presos, todos os 12 agentes de segurança acusados estão em liberdade. São eles: Paulo Henrique Ferreira Dias, Dorival Alves Cabral Filho, Leilane Barbosa Albuquerque, Fábio Júnior de Oliveira Borba, Emanuel de Souza Rocha Júnior, Marcos Túlio Gonçalves Martins Pacheco; João Thiago Aureliano Pedrosa Soares;, Fábio Roberto Rufino da Silva, Diego Galdino Gomes, Janecleia Izabel Barbosa da Silva, Eduardo de Araújo Silva e Cesar Augusto da Silva Roseno.
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