Doze PMs, sendo 3 oficiais, viram réus após chacina em Camaragibe

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aceitou a denúncia do Ministério Público  contra doze policiais militares envolvidos na chacina que ocorreu em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, em setembro de 2023. Na denúncia, foi  relatado que os policiais mataram as vítimas a tiros, “por motivo torpe de vingança, em uma emboscada, o que não deu a elas chance de defesa". 

Dos doze policiais que se tornaram réus, cinco tiveram a prisão preventiva decretada. São eles: 

- Fábio Roberto Rufino da Silva; 

- Paulo Henrique Ferreira Dias; 

- Leilane Barbosa Albuquerque;

- Emanuel de Souza Rocha Júnior;

- Dorival Alves Cabral Filho. 

Já os outros sete policiais acusados vão responder em liberdade, mas foram afastados das suas funções na Polícia Militar e estão proibidos de entrar em contato com as testemunhas do caso. São eles: 

- Fábio Júnior de Oliveira Borba;

- Diego Galdino Gome; 

- Janecleia Izabel Barbosa da Silva; 

- Eduardo de Araújo Silva; 

- Cesar Augusto da Silva Roseno;  

- Marcos Túlio Gonçalves Martins Pacheco; 

- João Thiago Aureliano Pedrosa Soares. 

Os doze policiais estão respondendo pelos homicídios de Amerson Juliano da Silva, Agata Ayanne da Silva e Apuynã Lucas da Silva.

De acordo com o Ministério Público, um dia antes da chacina os policiais realizaram uma abordagem por guarnição no bairro de Tabatinga, em Camaragibe. Na ação, ocorreu um confronto entre os policiais e Alex da Silva Barbosa, conhecido como Alex Samurai. Na troca de tiros, dois PMs morreram. 

No dia seguinte, diversos policiais se deslocaram até Tabatinga e iniciaram uma caçada a Alex e a parentes dele. Ainda segundo o Ministério Público, as três vítimas da madrugada do dia 15 de setembro de  2023 são irmãos de Alex. Além deles, os PMs também mataram a mãe e a esposa de Alex, mas este duplo homicídio é objeto de outro inquérito. 

Ouça a nota da repórter Aline Melo no 'Play' acima.