Justiça concede liberdade a acusado de participar de briga de organizadas e ataque ao ônibus do Fortaleza

A Justiça concedeu liberdade provisória a um homem acusado de participar tanto do confronto entre torcidas organizadas de Sport e Santa Cruz, em 1º de fevereiro, quanto do ataque ao ônibus do Fortaleza, em 22 de fevereiro de 2024. Thyago Mendes Barbosa responde por tentativa de homicídio, associação criminosa, dano ao patrimônio e provocação de tumulto. 

A decisão foi expedida pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes e se refere ao processo sobre o ataque ao ônibus do Fortaleza. Preso preventivamente em 1º de fevereiro, quando participou da briga entre torcidas organizadas, agora Thyago deve ser submetido a monitoramento eletrônico, comparecer à Justiça a cada dois meses e está proibido de participar de torcidas organizadas, especificamente a Torcida Jovem do Leão. 

Ele também não pode comparecer aos jogos do Sport em qualquer estado e nem sair de casa três horas antes e depois dos jogos. A liberdade provisória foi determinada pelo juiz Otávio Ribeiro Pimentel. 

De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva (Dprie), Thyago Mendes Barbosa foi identificado ainda no local do ataque do ônibus, quando a torcida organizada arremessou pedras contra o transporte do Fortaleza após o confronto com o Sport na Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. 

Thyago também teria entrado em contato com outro investigado para que assumisse a responsabilidade pelo ataque. No total, 11 pessoas foram denunciadas, das quais duas ainda não foram encontradas e os demais permanecem em liberdade provisória.

No confronto entre as torcidas organizadas de Sport e Santa Cruz, na Zona Norte do Recife, em 1º de fevereiro, Thyago Mendes Barbosa ficou ferido e foi socorrido para o Hospital da Restauração (HR), no bairro do Derby, na região central do Recife. Lá ele teve a prisão preventiva decretada. Em 30 de março, houve a concessão da primeira liberdade provisória, no entanto, Thyago permaneceu preso devido ao processo em relação ao ataque ao ônibus.

De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, o homem já havia participado de outros confrontos entre organizadas, sendo ainda acusado de ter ligação com o espancamento de um membro da torcida organizada Inferno Coral, em 2016, na Zona Oeste do Recife.